sábado, 30 de maio de 2015

VEM

Então virá se entender o palhaço


Vem sentir o frio das minhas mãos,
Vem sentir o frio dos meus pés
Vem saber dos meus pensamentos em você,
Vem ouvir as palavras que não falei.

Vem saber como te quero bem.
Vem para que eu possa cuidar de você.
Vem, eu sei que cabe no meu colo.
Vem ouvir essa música triste.
Vem sentir a dor desse coração.

Vem morrer no fundo de uma garrafa
Vem afogar-se no silêncio,
Vem encher o pulmão de nada.
Vem para eu beijar os seus pés.

Vem porque eu sou sincero
Vem porque você é simples
Vem porque somos humildes
Vem porque me ama.


Tá, e pra que isso abstrato?
-Porque eu quero conteúdo e não apenas a intensão bonita que a sociedade aplaude.

Então falemos sobre o coração.
-Mas qual coração?
Acho que o coração do palhaço é o melhor exemplo...
-ótimo! Já fiz papel de palhaço!
O palhaço, antes que todos o qualifiquem como um otário, ele simplesmente amplifica tudo aquilo que nós - na nossa rotina - já fazemos, porém com uma lupa em sua frente, com amplificada dificuldade, com amplificado esforço, com amplificado processamento cerebral... um querido...

O coração do palhaço, com eu mesmo dizia nos cursos e ouvi em outros, quer arrematar sorrisos, quer fazer as pessoas sentirem-se bem, e, claro, felizes... 
-Nenhum palhaço faz chorar...
Mas ele chora as suas pessoais dores sozinho, no camarim, em frente ao espelho, quando deixa o rosto feliz que a maquiagem desenhou e encara a realidade do seu mundo real, quando cai do sonho, quando deixa adormecer o seu personagem e torna-se humano, com CPF e uma vida a seguir em frente com suas dificuldades.
Esses palhaços sofrem - a gente que não percebe - mas eles tem uma vida por trás de um espetáculo, eles tem lágrimas por trás de um sorriso desenhado e histórias trágicas e tristes por trás da maquiagem de seus rostos. e se somos pessoas sem maquiagem, mostramos claramente as tristezas que fazem parte das nossas vidas - e não é de maneira maquiada.
Mas e porque pedir que venha abstrato?
-Porque não existe bondade que não aceite desculpas quando um olhar encontrar o outro, quando uma lágrima manchar a pintura de um sorriso que se fez prudente. Pedir pra vir interfere no ambiente e na rotina e obriga que sejam todos um, com o aroma do mesmo incenso, com a vontade intrínseca de todo o ser humano, vem, porque há muito mais do que pudera ver.

Então, venha conhecer o palhaço que busca apenas ser diferente do ue o mundo lhe colocou como opção, venha com o creme e o algodão descobrir quem na verdade, é quem se esconde por trás daquela esdrúxula pintura que busca nada mais do que convencer de um sorriso que, talvez, como quimera existe.
O palhaço tem seus pensamentos e argumentos de vida, o roteiro e o cenário - assim como as pinturas do seu rosto não condizem com a sua índole e se o mundo é difícil, é o palhaço que vai te levar para onde jamais encontrou tamanha paz e lúdico momento. 

Então se vem, venha com o coração aberto para entender o palhaço - na piada e na vida - que pode ser uma piada - e aproveite para sorrir...



Abstrato.




quarta-feira, 27 de maio de 2015

O que você anda comprando e vendendo?

-Se o teu valor pode ser mensurado pelo preço, de nada vale o teu esforço-


Hoje a partir de um questionamento aparentemente simples sobre a semântica de uma palavra e a sua diferença em comparação a outra, pensei sobre o assunto. Justamente quando vi ouriçarem-se colegas com suas opiniões e comentário sobre o tal fato. Imediatamente pensei: “Cara, esse assunto merece um estudo! ” E cá estou eu a escrever sobre o preço e o valor, humildemente declarado pela lógica experiência do escritor... enfim, ignore essa introdução e comecemos novamente.
Vivemos em um mundo globalmente capitalista, ou seja: vale pelo que tem (em relação a bens e cifras – ignoremos aqueles que creem ser o maior armamento, exército ou potencial bélico – vamos nos manter no bairrismo de nossa inócua existência como padrão de comparação nesta análise. Assim, qualificado como sem qualquer valor por não haver capitalização em relação a esta avaliação, podemos nos estender gratuitamente no pensar sobre nossa própria conduta e a importância que damos a estas suas palavras que, em dado conceito, podem nos qualificar ou desqualificar para algo que estamos pleiteando.


Refiro-me inicialmente ao preço, que por sua determinação contábil sugere ser nada mais do que um valor monetário expresso numericamente associado a uma mercadoria, serviço ou patrimônio. (Fonte: Wikipedia). Pois bem, senhor dos números que rege a existência e tornou-se motivo que determina a vida e a morte, o valor (calma, chegaremos lá) e a consideração em que é escalonada a importância de relações comerciais, escambos e trocas de qualquer item que hoje em dia, submeta-se a esta condição (a venda em si).
E se a meca dos obstinados é a moeda, o preço das coisas é a determinação única da sua importância, seu merecimento ou valia, perdemos o foco para o conceito da retribuição pelo esforço, a mensuração da recompensa – cada vez menor – buscando monetizar exclusivamente o obstinado que esqueceu-se dos preceitos que englobam e sistematizam o mercado capitalista, nos tornando escravos das cifras volumétricas, porém, frias e vazias como uma moeda comum.

E quanto ao valor? O que afirmar sobre um produto que tem seu valor? Uma pessoa valorosa que carrega no seu caráter mais do que uma mensuração monetária? Fico surpreso de como a sociedade moderna vem esquecendo-se do valor de qualquer coisa, baseando a sua análise exclusivamente ao que refere como qualificação, a quantidade de cifras pela qual pode ser comprada. E aqui vemos na corrupção mundial (afinal de contas ela não existe apenas aqui, até mesmo na FIFA vemos essa prática) e com certeza não é devido qualquer alusão ao valor de algo. Mas e quanto ao valor de uma pessoa? Claro que, todos sabem não possuir cifras que quantifiquem uma amizade, um amor ou mesmo uma ação solidária. Porém é um conceito ultrapassado e de difícil mensuração – entendo, mas é difícil admitir que sejam colocados pesos e medidas nestas relações de valor com pessoas e mesmo objetos, bens e outras coisas a que chamamos de “apego sentimental”. Porém não nos martirizemos, pois nascemos e crescemos adaptando nossos sonhos não ao nosso valor ou ao valor de algo, mas sim, no tamanho da nossa carteira para qualquer aquisição.
Sempre disse que para ganhar dinheiro você precisa perder amigos – por isso tenho amigos – rsssss. Mas ainda considero difícil acreditar que pessoas subam sem que pisem sobre as outras (e essa triste realidade me choca diariamente) o que creio ser a conclusão mais triste deste texto. Vejo a virtude e a moral sendo esquecida enquanto são contabilizados sim, os números que referem e estabelecem a importância de cada artigo ou pessoa. Vejo o valor absoluto que faz diferença em qualquer item ser esquecido e na balança de nossas decisões, apenas o numerário que este vai despender, restar de lucro ou ganho pessoal.
Eu vejo valor oculto nas realizações das pessoas, utilizando-se do que dispõe, sejam em grandes obras ou simplesmente, gratuitas e furtivas. Porém, contemplam resultado que interfere para a humanidade de forma positiva, creio ser mais sublime avaliar e qualificar o valor desta maneira. Todavia, tratando-se de um produto, ao passo em que deixamos de buscar o mais barato ou mais caro, olharmos para os benefícios, a qualidade e a utilidade de algo, sua usabilidade e o emprego deste em algum objetivo fim, podemos avaliar o seu valor.

Muito bem. Uma vez que esclarecidos os termos – a meu ver, podemos nos colocar a pensar ante o espelho da consciência para avaliarmos de que forma e qual índice andamos utilizando para, na escala “das coisas importantes da minha vida”, colocando as pessoas que nos rodeiam, nossos desejos e sonhos. Será que estamos sendo sinceros a nossa condição de seres humanos ou estamos robótica e sistematicamente calculando o valor de uma amizade, de um amor, de um bem, em relação as cifras que o compõe?

Fica o pensamento livre – de grande valor e preço algum – para que jamais esqueçamos que: pessoas possuem coração (item DOADO) que pode salvar uma vida.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O Doce Gosto do Mistério

“Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia. ”

Se a Filosofia enquanto ciência, busca esclarecer e dar cabo das dúvidas do ser humano em relação a tudo que o rodeia, responder com a razão, a ciência e a matemática os fenômenos, os medos e as crenças descabidas aquilo que jamais houvera sido esclarecido, podemos dizer que ela fora criada a partir do mistério. Desenvolvida a partir do instinto do homem enquanto racional, de dar conta do que jamais fora respondido ou sequer questionado. E assim o ser humano segue trôpego seu caminho da vida a identificar desafios excitantes para quem tem na sua composição corpórea o próprio mistério da origem, do pensar, do existir e da eternidade como esperança de que não se finda com a morte (especial item que identifica a palavra mistério).
Mas porque o abstrato cita William Shakespeare quando fala de mistério?

Pode até mesmo compor mais um mistério que jamais poderá ser esclarecido – pela preguiça do autor em explicar o que o motiva a inspiração, mas deixemos de lado o sentimento. Tenho eu verificado que o sentimento altera o resultado de um estudo, pois influencia os caminhos da escrita – e por que não de nossas decisões (...). Enfim, o Will aí quer nada mais do que desabafar que há tanto a ser explicado que o único filósofo que podemos respeitar, seria divino, arquiteto do cenário em que nos colocamos e nos vemos vivendo. E se assim, a nossa “vã filosofia” apenas riscará um pequeno traço no esclarecimento de algo.


Mas enfim, após esta desastrosa iniciação, busco apenas tocar no assunto que nos confere esse momento, o mistério. O mistério da igreja, o mistério da origem da vida, o mistério que instiga o homem a converter em uma forma técnica os acontecimentos do passado, transcritos em livros, romanceados e delirantemente atraentes (pois o mistério é sim uma forma atraente de resgatar a cada página o interesse de um leitor. Não apenas nos livros, filmes! Claro... os filmes de mistério tão comentados e visitados em salas de cinema onde todos gozam da sensação de olhos arregalados, sem piscar, sem respirar – por vezes – na busca pelo desvendar de uma solução para o caso que assiste, levado elegantemente pelo Diretor, até o seu desfecho para alucinação da plateia. Não esqueçamos, é claro, das mortes não esclarecidas e que até hoje buscam solução nos detetives que todos nós temos em nossas veias – afinal de contas o mistério de uma morte é algo que contabiliza quantas horas da vida de cada um de nós? Enfim, somos impulsionados por mistérios, que, senão divinos, serão sempre mistérios intrigantes e românticos que envolvidos em uma ambientação, um motivo e um desenho de solução racional.

Esquecemos, porém, de um fator determinante para qualquer mistério: as pessoas e suas explosivas definições, a mudança da verdade na mente humana que, quando influenciada pelo fator medo, altera o que considerava então verdade, transformando a realidade e o destino da história. Aí se vê o fato mais intrigante e que envolve psicólogos no estudo de um crime, na fatalidade de uma ocorrência comum.
Sofremos (todos) de um dualismo sempre que buscamos esclarecer qualquer questão que não tem resposta: o dualismo... tomados de um passado particular, repleto de experiências e propriamente soluções racionais de baixo nível consciente, somos facilmente influenciados pela nossa incapacidade de alterar o algoritmo de solução de qualquer dúvida, buscando o resgate no que conhecemos, mas, gente, como e porquê, buscar no que conhecemos e na regra padrão de descoberta, a solução para um novo mistério? Essa falta de abstração nos joga em uma vala comum que recorre ao divino, intangível e imaginário para tudo que não “pode” ser esclarecido pela mente humana. E claro, jamais direi com isso que sou capaz de ser diferente, sou apenas mais um que admite que, a maioria de nossas conclusões chamamos de “coisas de jesus” ou ainda: são coisas que não devemos questionar, simplesmente aceitar... e as urticárias mentais, as tempestades de pensamento continuarão a te tirar o sono por falta do esclarecimento e da desculpa que jamais lhe convencerá...

Abstrato, seja mais simples, fale-me de uma mulher: onde está o mistério em uma mulher?
Eu respondo sim: o mistério de uma mulher está:
-no que ela não diz;
-no que ela não mostra;
-no que ela insinua;
-na experiência pessoal que te fazer materializar o que não pode ver.



E se falei besteira, 
me desculpe, 
quem sou eu para explicar os mistérios da vida?


O abstrato está em:
Espero não ser perdoado pelo uso das fotos... (obrigado Janna)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

O que você acha que sabe?


O saber é a materialização da ignorância


A relatividade sempre foi estudada a partir de pressuposições, buscar o absolutismo a partir de uma condição de conhecimento e variáveis desconhecidas de valor que não permitem uma conclusão exata, mas que tem por tendência, uma direção, um destino e uma forma de compreensão que vem acalentar o coração de todos que buscam esclarecimento para a origem da vida, para a resolução matemática e física, porém, na metafísica do amor se perdem pela ausência de um padrão a ser seguido.

E, nós jovens... donos de não mais do que plantas e animais de estimação, achamos conhecer a tudo e poder dizer que sabemos de tudo que é preciso, o que forma e quanto pesa, porém, provamos sermos nada mais do que aqueles adolescentes que são invencíveis, cheios de hormônios, repletos de sonhos que derramam pelos olhos e explicam a tudo com a profundidade de uma poça d’água na calçada. Jovens, que, por uma desilusão infantil dizem conhecer o amor e a dor, serem donos de seus corações, dizem-se prontos para a vida, casa, mercado, filhos, netos, emprego, salário, conta de luz e água e... perdas. Nada sabem sobre perdas, nada sabem sobre a dor de segurar a mão de um anjo que acredita ser você o anjo que vai acompanha-lo pela eternidade enquanto todos os olhos me volta já enterraram aquela e despedem-se sem palavras. Nada sabem sobre a felicidade de acordar ao lado do amor verdadeiro e perceber que, flutua sem peso na realidade de sua vida onde nada mais importa, ninguém mais pode influenciar ou atrapalhar aquele momento e, como por um suposto improvável do não de absoluto o conhecimento, escapa-te pelos dedos como areia. Destas cinzas que voam com o vento, percebe pois a vulnerabilidade da vida – que é mais morte do que vida, em nossa meteórica passagem pela terra, pelo corpo tangível que hoje quente e sadio, virá a transformar-se nestas cinzas que ainda voarão para perder-se entre o nada e o invisível.

Foi na visita que fiz à casa dos primeiros de minha família no Brasil que percebi, que, apesar de terem se dedicado à terra, a beleza do lugar e a um empreendimento que ainda resiste às ações do tempo, seu legado apenas sobrevive no bater do meu coração, dos meus que comigo seguem seu comigo. Apenas por isso resistem ao tempo pois não mais habitam aquele lugar e nada e em nada conseguem alterar senão minha percepção da sua perseverança em vencer adversidades, distâncias e alturas.
E os jovens achando que todos nasceram, sempre, em um hospital e depois foram acolhidos à berço esplêndido, no calor de lençóis perfumados? Que aquele carpete que, por anos conheceu como gramado, sempre existiu na realidade de todos? Grande conhecimento do mundo lhes é perecível mesmo!

Jovens que consideram ter e ser amigos, mas jamais manchou o ombro com o choro em desespero de um amigo que acredita que através das lágrimas que derrama, por elas expulsará a dor que queima o seu coração. Amigos que são capazes de incontáveis sacrifícios, a desconsiderar a própria segurança, para lhe ajudar – mas acreditam ter amigos pois jamais vão a uma festa sozinhos.
Jovens que não tem ideia do que falam e usam as palavras como espadas para defenderem-se dos seus próprios medos, e na imprudência do uso dessa arma, machucam pessoas com a impunidade de alguém que não sabe manusear a arma por desconhecer até mesmo o seu calibre.

Esses jovens que não compreendem o valor de um olhar, de uma ligação, do ouvir a euforia de uma respiração agitada, não conseguem contemplar a emergência em saber se tudo está bem. Menosprezam os esforços para que, continuem sendo invencíveis, mesmo que, para isso, um exército os alimente e proteja em retaguarda ao seu perfeito show.
Aprendi que a fruta que hoje é linda e saborosa, amanhã estará murcha e amarga. Aprendi que hoje vivo, e, amanhã morto, frio e sem vida. Aprendi que aprender é a única coisa que faremos em paralelo ao respirar até a morte. Em face desta certeza, deixei de perder um dia sequer por algo ou alguém, deixei de esperar eternas confirmações de perfeição, ouvir o coração e segui-lo para ser feliz ainda hoje – não amanhã – pois o amanhã não me dá garantia da sua existência, portanto, o que estou esperando? Porque estou esperando? Eu preciso sim tornar a vida extraordinária hoje, ver o que e lindo hoje e se possível eternizar esse momento, pois ele não se repetira, a terra não girará ao contrário e poderemos apenas fazer, refazer ou retroceder não é, relativamente, uma capacidade do ser humano e, por isso, acertar, viver e aproveitar o dia como um presente a mais que recebeste é saber muita coisa a mais do que pensa saber!

Jovens perdem tempo com a tristeza, desgastam-se com a solidão e o exílio por sentirem-se machucados ou doloridos, buscam ajuda para criar problemas que eles mesmo conceberam, por ações que eles mesmos protagonizaram. Mas se, criei um sistema, montei-o, eu tenho que conhecer a forma de desmontá-lo e destruí-lo – e haja igreja e psicólogo para buscar resolver os problemas que eles criaram para si mesmos e perderam-se na sua execução!

Saibam, que, apenas uma pequena parte de nossas vidas será de felicidade – e quando me refiro a esta, não estou me referido a qualquer vitória ou conquista, acerto de números em uma loteria, ou ainda um prêmio por teres sido o aluno do mês ou estagiário destaque – eu me refiro a felicidade que sairá entre lágrimas, que te fará perder o medo e a condição natural de sociedade expondo-a nua e como uma avalanche, me refiro a sentimento sem barreira ou conteúdo mensurável... a felicidade que poderás sentir um dia em sua vida caso te permita encontrá-la e não será por vencer uma montanha ao chegar ao seu topo, mas sim, a sensibilidade em perceber a beleza da jornada para lá chegar.

Enfim jovens, nós apenas conseguiremos saber, quando reconhecermos que, não sabemos nada!



terça-feira, 19 de maio de 2015

Dói... apenas quando atinge

Terrível pra mim, circo para os outros

É fato que os meios de comunicação precisam de ibope, precisam de audiência, pois sobrevivem dos anúncios que são valorizados tomando por base o volume de pessoas que estão assistindo, ouvindo ou lendo a cada programa, em cada horário, em cada assunto abordado. Comprovadamente as notícias referentes a desastres são aquelas que mais detém a atenção da audiência, afinal de contas, equivalente a este movimento silenciador de massas ante uma tragédia, também os carros diminuem a velocidade ao passar pela cena de um acidente ora ocorrido na estrada (e não acredito que façam isso para orar pelo acidentado, tão pouco, para respeitar os limites de velocidade). Fazem sim, pela estúpida curiosidade do corvo pela carniça, fazem isso de celular na mão com a câmera apontando para tudo em busca de uma imagem para ganhar ibope (na sua página da rede social).

É assim que abrimos os trabalhos hoje, ao perceber a necessidade de consumirmos tragédias, saber a pior história para repassar aos outros como uma novidade... eu fujo naturalmente disso, essa energia negativa me empobrece... porque eu tento ver uma coisa boa mesmo quando ocorre um acidente, como por exemplo: a pessoa que estava no veículo escapou ilesa... ninguém foi atingido pelos destroços, todos foram resgatados após o naufrágio. A vítima passa bem... mas o que eu vejo é quem busca a pior situação e espera pela tragédia para ter assunto... mas gente, se fôssemos um pouco mais positivos, se olhássemos para as coisas boas, filmássemos o salvamento e não apenas o desastre, se valorizássemos mais o que temos de bom e as ações das quais possamos nos orgulhar enquanto sociedade? Sabe o que eu escuto? Isso não dá ibope, infelizmente a massa quer tragédia, dor e desespero. E eu concluo que não está tudo perdido...

Explico: àqueles que já sentiram a dor da perda, o desespero da dor e o susto de um acidente. Ainda, passaram por momentos de terror extremo quando perceberam que suas vidas estavam a um click de gatilho ou a 1 metro do choque fatal e todas as situações onde olhamos a morte passar por perto e sentimos o seu cheiro. Estes, carregam bandeiras, vestem camisetas e protestam por justiça, segurança, oram à Deus por piedade e pela cicatrização das chagas que a falta deixou em seus corações.

Para todos os demais que praticamente divertem-se com a desgraça de um estranho: circo, apenas circo, afinal, os palhaços usam máscaras, pinturas e um nariz peculiar impossível de serem reconhecidos... mas lembrem-se: o palhaço tem família, o palhaço tinha uma vida como a sua e, ao final do espetáculo, ao apagar das luzes, deixa o teu camarote e vai para casa sem pensar nos problemas e nas lágrimas que ele deixou no camarim para te fazer rir por algumas horas. A dor dele não passa como passa o seu momento de excitação.

Desta necrofilia social, eu peno, eu sinto, pois quando vi ontem a notícia de um menino de Caxias do Sul que fora esfaqueado ao tentar defender a sua namorada da investida de um assaltante, senti por todos que ficaram, senti por ele, senti pela bravura que o levou a óbito, de herói a estatística em algumas aplicações da navalha que ceifou o seu futuro. Porque estou escrevendo isso? Não, não se trata de ter sido afetado, a não ser pelo decréscimo do meu índice pessoal de segurança pessoal quando na cidade, dos meus amigos que se encontram perambulando dia e noite, trabalhando ou divertindo-se nesta cidade. Mas não, não o conhecia e assim também como não conhecia a menina que que fora atacada também, golpeada também  - e passa bem - sabiam? Não, claro, porque a morte é mais circo, a tragédia vem à frente do que o sucesso do rapaz que mesmo tendo sido fatalmente ferido, conseguiu salvar a vida da sua amada.

Seria uma história para virar um filme, um frama? Mas porque, se todo os dias contabilizamos dramas? E temos todas as estatísticas como a que ouvi: "Já ultrapassamos o índice total de latrocínios registrados no ano de 2014 (era pra soltar foguetes???) e o total de salvamentos, prisões, interrupções de uma ação de assalto? Onde estão estas estatísticas? Ah, esquece Abstrato, essas, a ninguém interessa a informação. -claro-

Creio que o execício que deve ser proposto portanto, é, senão, colocarmo-nos no lugar da mãe, do pai, da namorada, do irmão ou irmão (se ele tiver), colocar-se no lugar dos amigos - que, com certeza não acham graça nenhuma em relação ao "ibope" dessa notícia que, no restaurante onde eu estava ouvia-se apenas o estalar de colunas e pescoços revirando-se nas cadeiras para acompanhar o noticiário no momento da tragédia. Busque felicidade nos telejornais e decepcionar-se-á instantaneamente, proporcionalmente ao editor-chefe que, quando coloca algo feliz e positivo, vê seus números caindo, vê os espaços de propaganda desvalorizando.

Por fim, não escrevi isso pelo ibope, mas como um apelo àqueles que alimentam a indústria da tragédia que, monetiza cada minuto de sua programação, com a falência moral de nossa sociedade.


Vida eterna aos heróis!






segunda-feira, 18 de maio de 2015

Prioridades

O que buscamos na vida?

Aqui nos vemos, pensando sobre as prioridades de nossas vidas.



Estive olhando para trás, analisando as minhas próprias prioridades para ter uma base, como se, um estudo de caso. Olhando para as prioridades dos meus amigos e convivas para obter um contraponto à minha argumentação do que é em nossa realidade mais emergente, uma prioridade, uma necessidade constante e uma necessidade imediata que nos faça agir de certa maneira ou mesmo abster-se de outra escolha que não condiz com essa regra que a razão determina. Isso porque, vejo que as pessoas em modo geral, quais desconhecem o que busca uma pessoa quando determina seu posicionamento ante qualquer decisão pessoal, acaba por ser incompreendida pelos seus amigos, por todos aqueles que observam, analisam e opinam sob essa decisão.

Hoje em dia vejo poucas pessoas preocupadas com alguns dos tópicos que vou citar em seguida e analisar, claro que, impossível que esta seja realizada de modo frio, mas sim, com a minha clara opinião sobre o que se aborda quando analisamos a conduta de uma pessoa. Portanto, divirtam-se criando a sua própria opinião como exercício, ao analisarem suas próprias prioridades e o que estas definições refletem e influenciam o meio em que vivem.

Das prioridades.
O ser humano tem prioridades desde a sua concepção, porém, vamos concentrarmo-nos no presente para que tenhamos uma noção clara do que formamos em relação a nossas opiniões pessoais e sociais.

Fisiologia
Precisamos de ar, precisamos comer, beber, fazer sexo, dormir, digerir e excretar o que não nos serve. Prioridades simples, das quais nem nos damos conta de que buscamos comida no mercado quase que diariamente e, a todo instante estamos preocupados com a qualidade do ar, com a sobrevida que nos cerca a cada suspiro, a cada segundo, prioridade intrínseca desde o nascimento e que vai ser base para as nossas decisões pois nos levará ou não a ter qualquer sequência, inclusive na leitura desta crônica.
Ainda na Fisiologia, conteúdo que estudamos desde as séries iniciais, verificamos a importância de entender o outro (enquanto indivíduo social) como as necessidades fisiológicas das plantas e animais (quem teve a oportunidade de cuidar de um animal, seja ele um gato, um cachorro ou mesmo alguns peixes em um aquário entenderá o que quero dizer com facilidade.

Segurança
Item do qual me preso o tempo e as linhas deste texto a me deter, pois trata-se de um assunto que será recursivo em minhas postagens aos amigos e leitores. A Segurança enquanto indivíduo é algo que nos abala e define diversas das nossas ações e reações, decisões e caminhos que seguimos, pois interfere no bem-estar do homem enquanto ser vivo e, salvo a preocupação com a Fisiologia, encontra-se logo à frente na escala de pontos que avaliamos, muitas vezes de maneira subconsciente para encontrar o melhor caminho a seguir na nossa caminhada pelos dias enquanto seres ativos, vivos e racionais.
A segurança do próprio corpo, a escolha por evitar os riscos de aventurar-se pela vida, pode sim ser o início de uma análise em nossas prioridades, assim como a segurança da família, a saúde e a moralidade dos círculos sociais nos quais estamos inseridos e de alguma forma fizemos parte. A propriedade e o emprego, outros fatores importantes na camada de segurança. Um emprego que não nos sugere estabilidade, não permite que nos sintamos seguros, não permite a estimativa de sonhos que nos levem a conquista de propriedade de algo, item que influencia em nossas definições, pois a partir do momento em que nos damos conta que, temos algo a cuidar, preservar e proteger, nos colocamos sob o foco de uma necessidade eminente de preocuparmo-nos em razão de manter aquilo que nos pertence enquanto em um ambiente social.
A segurança de nossos relacionamentos, como a família que nos presta o apoio que faz viável a evolução e o envolvimento social, tendo há quem recorrer quando nos sentimos incapazes da realização pessoal e ímpar de qualquer atividade ou ação, interfere em nossas escolhas. Assim também em relação aos nossos relacionamentos. Relacionamentos estáveis sempre foram a busca natural do ser humano, tendo como garantia, anéis, acordos e mesmo o testemunho religioso desta União (em respeito àqueles que creem no casamento como solução para a segurança inter relacional) e, porque não, esquecer daqueles que, para um relacionamento estável, também apelam para as amarras que se fazem introspectas com a adição de alianças de compromisso (felizes dos ourives e joalheiros).

Amor e relacionamentos...
De todos os itens, creio ser este aquele que embasa diversas de nossas atitudes e ações em nossas vidas, pois está interligado aos itens que o sucedem de modo muito próximo, quase que unidos. Nosso relacionamento familiar nos dá segurança e passa, portanto, a ser uma necessidade da qual não podemos fugir ou sequer ignorar, por mais que nossa intimidade por vezes se faça afetada pela intervenção da família, é ela que faz possível diversas de nossas ações e decisões – vejamos que é a bênção da família que faz de um relacionamento, a possibilidade mais clara de sucesso. Assim como o amor, um animal selvagem e indomável que nos exime da capacidade de decidir, fazendo-o seguir de modo irracional por vezes e afeta a nossa segurança e nossas decisões – o que passa por vezes, como sendo incompreensível a quem nos rodeia e tem contato com as direções de nossas definições pessoais.

Estima
Depois de avaliarmos os preceitos da sobrevivência e de necessidades que não interferem diretamente no meio social, olhamos para o espelho de nossa alma e encontramos a estima, o amor próprio como é conhecido. A capacidade de íntima de verificar-se como ser importante e participativo de algo que induza a construir um roteiro pessoal de vida única e exclusivamente solitária, sem precisar de outra pessoa para ver-se como ser importante e dono de sua própria concepção física e moral. A confiança nas próprias decisões e no que fazemos, com a garantia de nos colocarmos de modo a superar dificuldades que encontramos em nosso dia-a-dia. E verificar a cada conquista, a propriedade do merecimento desta relação entre o eu e o amor, respeito a si e a partir do próprio eu, dos demais que nos cercam sem que para isso precisemos vilipendiar a própria razão do existir ou decidir o caminho e a postura que nos colocará em meio a um ambiente social maior. O menor círculo que o ser humano possui para que, a partir deste, inicie a integração social que nos levará ao próximo item.

Realização Pessoal
É comum ouvirmos, na análise de outras pessoas, a consideração de que “aquela é uma pessoa realizada” ou ainda: para que eu seja completo e realizado, preciso disso também... Flagro diversas cenas para expressar a confusão que há no entendimento deste item em relação a nossas prioridades e, é muito claro que, numa sociedade capitalista e consumista, este supere e suprima o espaço reservado para os demais que vimos anteriormente. Fica evidente a necessidade de mostrar a vitória, mesmo que tenhamos faltado com itens anteriores relacionados ao próprio ser humano quanto a sua intimidade, suprimindo necessidades para alcançar finalmente o topo da pirâmide que inspira esta relação e análise.
Tomo por exemplo, a moralidade, uma clara deficiência de todo aquele que ilude, rouba, esconde ou delata, interpretando que “fim justifica os meios” e buscam alcançar um resultado sem que tenham completado todas as etapas do cálculo, crendo que, jamais serão descobertos pela sua indulgência, porém esquecem que precisam bater a cabeça num travesseiro macio que os permita dormir à noite com o privilégio de jamais sentirem-se mal consigo mesmos (e voltamos às bases da necessidade fisiológica do ser humano).
Mas é na criatividade e na criação, resolução e contemplação da realidade, de nossas escolhas e criações que encontraremos a verdadeira realização pessoal, quando nos utilizamos da espontaneidade da palavra e do agir, sem que tenhamos que utilizarmo-nos de máscaras ou do clássico cinismo para interagir com qualquer pessoa. A realização pessoal se vê naqueles que não tem preconceito com qualquer outro ser humano, situação ou coisa que o rodeie, que nada lhe impeça de interagir e viver por conta de uma determinação social que o impeça de ser, exatamente como sente-se mais à vontade – desde que esta situação social não interfira diretamente nas regras do conviver em harmonia com o mundo externo ao seu próprio viver. E por fim, a aceitação do ser humano em quanto pessoa, a aceitação dos fatos da vida, encarar a morte, como um relacionamento que não deu certo e deixou marcas na sua caminhada pela vida. Aceitar a derrota e a vitória sem que nenhum dos extremos lhe influencie todos os demais itens que verificamos acima como participantes para que, encontremos ao finalizar de uma análise empírica e lógica de nosso próprio eu, estarmos perfeitamente prostrados sob nossas próprias determinações de vida, aceitação, fisiológica, social, amorosa e familiar como em um encontro de águas que desaguam no mar do existir complexo e novo a cada dia.

Agradeço portanto, ao criador desta relação, base para esta descrição, Maslow, um dos pais da Administração que analisou o ser humano para concluir, como pensador, ter que haver pessoas com esta cadeira de valores e prioridades completa e esclarecida para poder existir e fazer parte de uma sociedade capaz de evoluir e produzir.

São portanto, estas premissas que acabam por impactar em nossas decisões, com a influência de outras que não foram aqui citadas, não por descaso, mas por generalização. Em cada momento de nossas vidas, alguma destas, serão nossas preocupações, serão os pontos mais importantes que nos influenciarão nas decisões e nas definições de nossa caminhada pela vida, pessoal e social, fazendo parte das nossas escolhas que, olhando para o passado, possamos até mesmo não entendermos por termos esquecido o mote que nos levou a tal mudança de rumo ou escolha por um caminho alternativo àquele que conhecemos e do qual escolhemos em função de algo que faz parte da nossa realidade como memória apenas ou um resultado empírico.

Sejamos portanto, humildes ao ponto de agradecermos pela complexidade que nos é cobrada a cada minuto, tendo em vista a escolha por escrever ou apagar, ir ou ficar, lutar ou desistir.




terça-feira, 5 de maio de 2015

Para tatuar na memória...

Recebi um presente... 
um texto de um amigo... 
e dele, 
me surgiu uma conclusão que divido com os amigos neste momento:

"Se,
 pela profundidade mede-se a importância de um rio,
 com a mesma régua,
 são medidas as pessoas que fazem parte da sua vida."


Se, fizer sentido pra você... cavoque!!!


Abstrato.

O Amor Mata!

...de amor...
Porque essa foto? Porque AMO ela!
Olha, andei escrevendo muito, publicando pouco (acho que quem acompanha deva mesmo ter percebido a ausência das minhas loucuras). Mas para cada fato, ato ou circunstância há também uma plausível explicação ou esclarecimento. Escrever... algo que marca, marca tão profundamente quanto uma tatuagem na própria pele, pois será vista, guardada e eternizada de tantas e inimagináveis formas que amedronta - é muita responsabilidade gente! Mas é claro que dela não me eximo, não culpo a quem cobra-me a postagem do dia, as postagens do mesmo dia e as milhares de palavras que já joguei para o alto para que alguém pegasse, tal como um bouquet de rosas de uma noiva, como dinheiro que se perde ao vento - e como se o que escrevo tivesse qualquer valor, mesmo que simbólico, mas a piada é boa...

Enfim... hoje falo sobre o amor.. acho que de novo, já devo tê-lo dissecado sobre outros pontos de vista, mas hoje, um dia especial na minha vida merece sim que eu o represente novamente dentre as minhas palavras.

Mesmo que repetitivo, o eco sai diferente quando a gente muda a posição na caverna em que nos encontramos e, se assim, não será repetitivo, mas sim, uma nova abordagem, ponto de vista. Afinal, quem não muda de opinião, se perde em si mesmo, acaba por sucumbir sozinho entre suas próprias verdades e morre, sozinho e incompreendido.

O amor machuca, o amor mata, o amor sim, dói... sempre dói e parabéns a quem já teve o doce gosto dessa dor. A dor de uma tatuagem que depois eterniza-se na sua pele, a dor de uma perda que jamais será reparada, mas que por fim, pode nos trazer ainda mais felicidade quando percebermos que amamos pouco, vivemos pouco e, tudo que houvera acontecido, ocorrido e tocado até então, não era o céu, e sim o teto dos próprios limites.

Explico, pois sabemos todos em conluio, que temos nossos limites estabelecidos apenas pelo que conhecemos, para o que nos é tangível ou mensurável... quando ultrapassamos os limites do que conhecemos, entramos no campo indecifrável da emoção. Assim como quem prova qualquer tipo de droga alucinógena, consegue, pelo voucher da duração do lúpulo, ou do ácido, provar do gosto da insensatez ou ainda, da lisergia daquele momento em que nos percebemos absortos da sociedade e de qualquer regra portanto, podendo viver intensamente, atirarmo-nos no abismo do sentimento e amplificar os sentimentos de pele e coração que não são perceptíveis ou diagnosticáveis por qualquer ciência que não a abstrata - olha o Dênis entrando no mundo que não ´tem explicação - mas que também não possui contra-prova! Aí me valho do mote que me leva pelos caminhos do completo desconhecido para dizer que, de amor ou de qualquer sentimento que não seja controlado pela razão, somos passageiros de um voo sem piloto, uma nau sem leme e vivemos pelos segundos atrás dos quais lembramos, apostando pelas emoções que teremos no futuro então.

E se assim não fosse, o que seria a realização racional da razão quando nso permite apostas mirabolantes nos jogos de azar? EU TENTEI ENTENDER como um ser humano racional, lógico por concepção, aposta em um jogo de azar, onde, suas chances tem tantos zeros à frente da real possibilidade de vitória que torna-se cômico - para não dizer estúpido! 

................... mesmo assim.............. apostam!!!

Se jogam no desconhecido resultado pela emoção, apostam, acreditam e levam com fé (o que é fé mesmo?) até o resultado a esperança (esperança que merece sua própria crônica e abordagem... quem sabe...) que hão de ganhar, conquistar, vencer, concluir com sucesso... enfim. São para os corajosos (porque só posso chamar assim para não dizer que, sem garantia de que a corda vai aguentar, jogam-se no pêndulo do sentimento em que têm a sua própria crença... é lindo, senão trágico.

Mas que triste isso! Vamos para por aqui e voltar ao foco? Afinal não é uma abordagem para que as pessoas chorem ou percam o amor (a fé ou coragem, como preferirem interpretar). Chamemos de amor. (ponto eu disse).

E se amor, somos bobos, somos irreparavelmente abobados e fazemos sim, coisas que, àqueles expectadores ateus (agnósticos ou sem amor) interpretarão como uma simples estupidez... é... se somos amantes, somos estúpidos para o mundo moderno que contabiliza e calcula cada passo ou investimento. Àquele para quem o investimento é incógnito, desconhecido ou irredutivelmente impossível, meus parabéns... conhece o amor! Sabe que, o dinheiro em um carro velho, o tempo para uma tela, uma foto, uma pessoa que não lhe dá qualquer garantia, ama, ama profundamente e vive o que for então necessário para que, este sentimento se faça real.


E para o amor, uma salva de palmas por causar uma dor que, mesmo quando perdemos a aposta, ela se mostra tão prazerosa que jamais nos impedirá de fazer uma nova aposta!


Abstrato.

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