quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A quem merece o teu sentimento?

-Não duvide da capacidade que desconhece-


A cor das árvores mudou o verde, assim como o vinil já não mais gira e a garrafa de vinho sumiu! Com os dedos amarelos assim como seu sorriso, sumiram então todos os cadernos e páginas que a madrugada houvera lhe dado e a história antes escrita está agora apagada.
As pétalas secaram e o sol consumiu o rio. Não, ele congelou, petrificou de tristeza e esquecimento - quando se perde a importância é simples e comum deixar de servir e existir... sumir assim como se jamais houvera existido. 

Mas não se trata de um pensamento triste ou reflexão que instigue a simples devassidão do ser humano que rasteja sobre os restos de um planeta destruído que acredita que gerando lixo mas colocando-o fora no lugar certo, está sendo consciente, pois não há lado de fora para um planeta redondo (a não ser jogando-o para fora do nosso sistema solar! 
Mas ao contrário disso, hoje quero ver tudo o que é capaz de nascer quando somos capazes de deixar partir, deixar morrer para ver nascer no mesmo lugar, recriar das cinzas e dos restos uma nova vida capaz de compreender as lições da renovação das espécies e sua capacidade evolutiva enquanto ser inteligente e mutante. No mesmo coração o sentimento, a beleza que não mais fazia parte da sua vida. A renovação, nos traz então outro sentimento e energia capaz de compreender que o mundo é resultado de mudanças e transformações nascidas a partir do caos. 

Não podemos então pensar de modo tão idiota ou ingênuo, a encontrar razão no despir da verdade, onde o humano enquanto sábio e consciente na sua corrida pela rotina e bela liberdade, acredita na conveniência de que, ao colocar algo no lixo estamos fazendo nosso máximo, estamos sendo então educados, não! O lixo foi gerado, a partir daí, somos lixo. Da mesma medida, pensar que ao encerrar uma fase da nossa vida, estaremos deixando para traz nossos erros e que todas as feridas cicatrizarão é ilusão, pois se não pintares com novas cores o cinza da tua história, se não mobiliares o espaço vazio que ficou, usando tudo que aprendeu com o que tem de memória, jamais conseguirá morar dentro de si mesmo em paz e silêncio.

Mas somos reativos e pouco humildes para aceitar a impotência em mudar, a incapacidade de assumir erros e reconhecê-los para com eles aprendermos. Somos narcisistas e egocêntricos ao ponto de achar que o sôfrego momento de recriação precisa ser descolorido, despido de qualquer alegria por tratar-se de um momento de sofrimento individual e ímpar, incapaz de recriar-se sem a cólica do desapegar-se de algo que por ventura houvera partido para dar lugar a um novo momento.

E se nada somos senão olhos para dentro de nós mesmos, incapazes de comparar mazelas universais e perceber a tempestade que cria em si mesmo, fica senão transparente, claro que está menosprezando o próprio poder de recriação que trazemos em nosso gene.


Somos capazes sim de sermos melhores!

E jamais poderia haver um desafio colocado em nosso livro dos dias, qual não fôssemos capazes de solucionar.

Então deixe de ser pacóvio ao encarar medos com medo, rebaixar-se aos pés da ignorância. Surpreenda-os com seu altruísmo e a capacidade de recuperação, use suas energias para impor-se como ser humano escolhido para estar entre nós, capaz de ler esta mensagem e, através dela, transformar a si mesmo, para transformar o ambiente à sua volta.

Eu acredito em você, mais do que em mim!


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