Quem nunca ouviu as frases:
-eu queria ser;
-eu queria ter;
-eu queria fazer;
-eu queria sentir;
-eu queria sonhar;
-eu queria...
Eu já, e muitas vezes! Por muitas e muitas vezes ouvi a derrotista frase no pretérito imperfeito - o que é perfeito - pois se este é um desejo no passado e o passado é imperfeito, inspira-me que jamais o realizar-se-á, portanto, nem deseja ou quer no presente, já que conjuga de maneira perdida no passado alguma as coisas, objetos ou adjetos que buscaria para sua vida.
Quando o ser humano se cansa de buscar alcançar algo, acredito que começa a pensar no passado, viver no passado e tentar resgatar no passado algo que no presente e no futuro não tem coragem de buscar, mas porque? Porque pensamos assim quando estamos nos referindo a algo difícil, um sonho ou desejo que parece-nos distante? Eu prefiro o presente, a melhor flexão do verbo que denota que o sonho existe, que o verbo está em sincronia com o nosso respirar e viver... pois se eu respiraria se tivesse algo, já estaria morto no pretérito imperfeito da minha ação...
Sou partidário do respeito ao nosso passado e ao que obrigatoriamente embasa as decisões futuras, baseadas na memória de nossas ações e reações do passado, mas não podemos simplesmente abandonar o presente e viver para sempre neste cenário caótico de fadiga emocional. Não podemos nos deixar derrotar pela dificuldade e para uso da muleta da auto piedade, encontrar alento no passado, naquilo que não acreditamos sermos capazes de realizar com a grandeza de nossas habilidades...
Por isso peço pela conjugação positiva, presente e futura do querer, do realizar e do desejar, pois, de passado, vivem os livros de história e nossa memória, para ensinarmo-nos daquilo que não devemos repetir para alcançarmos sucesso em nossas carreiras e vidas.
Conjugue todos os verbos, colocando-os à frente, ou no máximo, ao seu lado, para não deixar a vida passar e ter que olhar sempre para trás para encontrar motivação para acordar-te pela manhã.
Abstrato.