segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A Arte do Compreender

Ao passar dos anos, as pessoas buscam cada vez mais compreender o mundo, compreender os fatos e outros seres, assim como ocorrências da rotina aparentemente tão indecifráveis para seres humanos em sua razão social, mas sabemos através de estudos filosóficos sobre, que a compreensão é infinito círculo que rotaciona o exercitar da razão em comparação com a memória e a vivência anterior de cada intérprete e, assim por conseguinte, acaba com qualquer possibilidade de findarmos a literalidade de um texto ou colocação, pois, a cada leitor encontraremos diversas interpretações e leituras distintas para o mesmo enunciado. A compreensão portanto é, impossível para uma minoria de pessoas que reúnam no entorno deste esforço.

Dilatadas as pupilas de nossa compreensão e a visibilidade de mais possibilidades em relação a verdade em que acreditamos sempre como sendo eternas e intransponíveis, convido-os para uma visão diferente da mesma paisagem a qual estamos acostumados.

E neste convite, entrego junto a minha opinião sem é claro que, como desejo, venham a compreender qualquer sentimento que não habita nossos corações. Sabemos que todo escritor interfere no desenho de seu lápis em relação ao que provavelmente sente, e frente ao quase fato desta afirmação, não pretendo porém que seja considerada esta possibilidade em qual forma venham a interpretar as palavras do porvir.

É muito difícil entender que apesar de sua expectativa, pessoas são pessoas e carregam consigo as suas limitações que as impedem por vez, alcançar o olhar distante que tens do horizonte da verdade e conhecimento completo dos fatos que tangem uma ação e resultante de uma reação e por conseguinte... outra reação - quem sabe o meu escrever possa ser também uma reação em função de ações que considero eu indignas da verdade e do correto procedimento que concede o direito de tal permissão para o ferir do outro.

Sou humilde em afirmar a minha incompreensão em relação a muitos fatos e cenas que presencio, fazendo portanto "mea culpa" por escrever relacionando temas dos quais não compreendo, mas, como esta é a discussão e assumindo o fato de que, o compreender depende em mais porcentagem do predefinido analista do que em fato o enunciado, me valho desta para estender a compreensão do fato.

Vivemos a esquecer que não haverá alternativas para fugir dos problemas quando assim considerados, pois se como problema fora categoricamente definido, não haverá outra alternativa que não a busca por sua solução e, previsível que não temos certeza nem mesmo podemos descrever como será nosso futuro - tendo em vista as variáveis que o compõe - não nos resta alternativa que não controlar nossa ansiedade em relação ao caminhar na escuridão que é, a relação mais íntima entre a nossa ação e o resultado desta que resulta no descrever do que será nosso futuro.

Ao que fecho meus olhos e caminho com a calma de um suicida na direção do meu destino, escrevo sem caligrafia, a perfeição daquilo que desejo sem que haja ênfase no movimentar do nosso destino quando sempre ativo e vulgar.

Empenhar esforço e tranquilidade na rispidez da vida e na violência com que nos chocam as informações sobre as últimas decepções que somatizam nossa rotina, nos faz apenas conseguirmos aceitar a imperfeição da qual somos compostos, pois se, o corpo humano suporta tantos vícios, erros e a vilipendiosidade com a qual tratamos um sistema de qual complexidade ainda é para nós impossível conceber, considero estarmos menosprezando as possibilidades que nos são dadas para evoluir e sermos mais próximos do correto (porém o que é correto?).

Se, e apenas se, considerarmos que o sentimento alivia e nos defende dos males que o mundo nos serve em doses homeopáticas, podemos dizer que amar é bom, ter fé é bom, confiar nas pessoas é bom, assim como deixar-se guiar por desejos alheios é bom; abrimos um parêntese em relação a tudo que poderia auxiliar na defesa real, no pensar e compreender o mundo. Mas se amar, ter fé, confiança não é suficiente para que diga: o mundo é bom, o mundo é perfeito e mesmo assim és ferido pelo que o mundo nos faz, então estamos ignorando mais fatos e mais dados do que o cálculo exige para que cheguemos a um resultado. Se fechar os olhos, deixar o coração nos guiar, ainda nos faz tropeçar nos males do mundo, então a ingenuidade é inimiga do amor e o sonho, não pode vir acompanhado de dois olhos fechados.

Crescer - no sentido de tornar-se maduro pelos aprendizados que a vida nos proporciona, que o sofrimento e a dor do que nos é tirado sistematicamente do nascer (quando perdemos nossa primeira casa) até as pequenas coisas que perdemos pelo caminho da vida (como os isqueiros e canetas) - torna o crescer uma opção como aprender (...). Visto que exige a humildade de considerar-se errado para mudar de opinião e para tanto, a velha compreensão inserida no início do texto nos volta para cumprimentá-los, lembrando que crescer e aprender, amadurecer e ser então mais racional, baseado nas experiências pessoais que temos em nossa vida - opcional se dá pela abordagem que confere a verdade absoluta (qual não pode ser). Tentamos ser melhores para as pessoas que detém a nossa consideração, porém se, discordando de nosso próprio entendimento de verdade e do que é ser perfeito, não se verifica pessoalmente por evolução e não nos torna melhores tal como imaginávamos nos tornar quando fantasiamos uma ação positiva.

Não será jamais e portanto, um bom dia quando o cenário de nossas vidas é abruptamente alterado e, terás que considerar o fato de manter a cena em curso, independente de teus sentimentos, terás que buscar a compreensão adequada para não sofrer quando aqueles que contracenam trocarem seus figurinos e suas máscaras para continuar adaptado à cena.


Se portanto, contracena com a vida, tens que acostumar-se com as alterações que ela te proporciona, sem medo do continuísmo da tua própria história.


Abstrato.

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