Diretamente proporcional, temos os humanos inseridos no mesmo contexto: da chegada, o primeiro contato e a varredura da nossa lista de experiências anteriores, os pontos em que enquadramos no nosso conceito, formado é claro, afinal de contas, temos sempre uma opinião formada, seja pelo time de futebol e a sua última escalação, passando pelo gosto de cada alimento que já provamos, até chegar até as pessoas que nos rodeiam e que formam o que chamamos então, conceito. Pois bem, assim partimos em busca de algo maior que contemple a nossa expectativa, então, como o náufrago que atraca em uma ilha até então desconhecida e, parte a desbravá-la para então conhecê-la. Certa vez Zélia Duncan me disse: "...cada pessoa é uma ilha e conhecê-la é desbravá-la...". Não fugimos disso mesmo, conhecer, provar novos gostos, assistir novos filmes, comprar com nossa confiança uma nova amizade...
No escambo de nossa deparação frontal com o desconhecido onde abrimos passagem à confiança, percebemos aqueles que não mereceriam ter entrado por conta da sua insuficiência em relação a expectativa que fora depositada sob seus ombros - ou seu conteúdo... naturalmente, deixamos de lado o que quiçá fosse para finalmente, entender que as pessoas e toda a matéria tangível ou intelectual não se desenha ou molda-se de acordo com a nossa expectativa ou confiança, apenas exprime aquilo que é, quando tocado, o ferro sempre será frio, caso nada influa sobre ele para aquecê-lo.
Portanto, e para finalizar as decepções qual temos que aceitar por creditar valor às coisas, penso que devemos ser fortes, todos, para aceitar as limitações de tudo que interage com o nosso consciente, com tudo aquilo que é tocado por nossa razão e passível de nosso pré-conceito e esperança, desde a possibilidade à realização. Jamais seremos a perfeição e, diretamente proporcional ao enunciando anterior, jamais a encontraremos em nada que venha a nos ser apresentado. Aproveitemos portanto, o que há de bom, positivo na moral de continuarmos sendo corretos, justos e imparciais.