terça-feira, 8 de julho de 2014

A máquina e o homem


O destino do homem é a evolução.

Apesar da hipótese da origem única ser aplicada e aceita por estudiosos, acredito que somos feitos pela energia que nos leva a evoluir, adaptar, derivar de nossos ancestrais, e por tal, podemos buscar explicação apenas na observação da forma ímpia como filhos deslocam sempre o pensamento e a ideologia para longe dos seus pais. Além disso, passamos pela especialização no processo da evolução, afinal de contas, quem, além dos mais audaciosos homens consegue chegar a qualquer lugar sem antes especializar-se em alguma ciência, patologia crônica ou, simplesmente pelo que chamamos de “dom” (nada mais do que aplicação exaustiva de uma atividade ou arte definida e retilínea que o leve a uma qualificação diferenciada entre aqueles que o cercam). Vamos seguir na linha do pensamento da evolução, não podemos esquecer que, assim como ocorre nas flores diretamente proporcional ao gene humano, a diversificação é resultado da fertilização entre regiões e diferentes etnias que geram novos genes e por esta ceara poderíamos discorrer por horas aqui... mas voltemos a evolução que segue para o isolamento reprodutivo que leia-se nas regras religiosas e sociais de qualquer população, legislando o impedimento do cruzamento e reprodução entre entes relacionados de mesma família ou, árvore genealógica. Não podemos esquecer da natural mutação, influenciada e propulsionada por diversos fatores como adaptativos ao ambiente em que se encontram, assim como erros genéticos de divisão celular e claro, pela radiação que sofremos em nosso dia-a-dia. Finalmente, para encerrar a introdução que relaciona o tema, deparamo-nos com a seleção natural, que até os dias atuais, elimina aquele que sucumbe ao pés do mais forte, do mais rápido ou de qualquer qualidade que o torne superior de qualquer sorte, ante seu oponente, fazendo com que os mais fortes sobrevivam e gerem seres tão fortes quanto seus genitores.

Pois bem, quem chegou até aqui, meus parabéns, isso só tende a piorar (rssss...).

Hoje trouxe o assunto da evolução para compreender, através da suposição do raciocínio, a uma forma de encontrar explicações para o “tiro no pé” que o ser humano proporciona a si mesmo, sempre que criou ferramentas e máquinas que o levaram a seleção natural, ao desespero e escravidão. Suas invenções, tangem desejos, desafios, ego e conforto, e em torno destes, escravizam-se para que, cada vez mais, tenham novos subterfúgios para serem menos humanos e mais pareçam-se a máquinas: seguindo regras, cronogramas e procedimentos formatados que alienam o pensamento, atrofiam a ideologia a um formato criado por ele mesmo no intuito claro de reduzir o desvio padrão de conduta e posicionamento social. Inibem a liberdade de pensamento e a criatividade – inimiga de qualquer formação padrão, capaz de conviver em sociedade.
O evolução da espécie descrita por Charles Darwin, com sua pseudo inteligência,  criou a máquina, determinou o futuro de muitas pessoas com a exclusão de uma mão de obra primária, fez sucumbir uma vertente de evolução, mecanizando a produção e automatizando procedimentos até então manuais. Deste ponto em diante, a música foi afetada e jamais surgiram novos autores clássicos, tornando esta, mecanizada e transistorizada, perdendo-se a virtuose do artista em troca da precisão da programação de recursos eletrônicos. E hoje? Como se escreve senão com o dedilhar de teclados, através de telas cada vez mais precisas e infinitamente capazes? O contato com o papel, assim como o contato com outros seres humanos hoje se tornou insípido, regido por mecanismos eletrônicos e formatados, através de ordens de serviço, solicitações de trabalho, cronogramas e fluxogramas de operações eletrônicas.
Hoje respeitamos as ordens de máquinas, somos acordados e sugeridos a dormir através delas… e o mundo continua assistindo, do camarote especial do tempo, a evolução humana, a evolução de processadores, a evolução das máquinas…. enquanto que, não temos mais caninos, dentes sisos, apêndice e pelos sobre a pele… porque? Porque estamos nos adaptando com o conforto da industrialização, dos aquecedores e carpetes… do descascador de pinhão ao processador de alimentos - já que, é desconfortável mordê-los, melhor então, bebê-los…

Enquanto orgulharmo-nos por criamos ou possuirmos as mais modernas tecnologias, mais nos distanciamos da evolução, mais nossas colunas se acostumarão com a posição incorreta de leitura nas telas dos computadores e do exercício da digitação. Enquanto isso, esquecemos de caminhar - afinal o mundo está no computador, esquecemos de como fazer um fogo no fogão à lenha, pois temos aquecedores elétricos e esquecemos - como já é comum, de onde viemos.

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