Sempre que ouço as pessoas comentado novidades dos amigos que ficaram pelo caminho, me surpreendo em como os caminhos de cada um se diferem em bifurcações e encruzilhadas que mudaram seus destinos.
Tenho comigo a certeza de que não houve um caminho certo, errado, melhor ou pior. Todos trouxeram felicidades nas paisagens, tristezas pelas intempéries que transpassaram as páginas de cada história. Porém, difícil é sim escolher sem influência de quem está próximo. Digamos que nesta oração está o ponto chave que difere grande parte das escolhas: as pessoas que intencional ou inadvertidamente, fizeram influenciar as decisões e os caminhos que cada um seguiu. Ainda, é importante frisar que, analisar a qualquer história, sem que tenhamos um preambulo dos atores coadjuvantes desta novela, não teremos uma interpretação clara e nem mesmo, justa.
Somos, hoje, uma certa de frutos que ganhamos e colhemos pelo caminho e hoje oferecemos para aqueles que ainda estão próximos, colheita que jamais cessa e sempre nos faz ter novos sabores a provar e oferecer. Concordo ainda, que são nestes momentos que conseguimos descobrir quão fiel é cada amizade, quando a distância faz esquecer da rotina e apenas lembrar de outro tempo, de outras colheitas e de outros frutos.
Nos cachos que a história criou, acabamos por enaltecer e definir como são criadas as redes de relacionamento que aproximam os próximos de seus pares, levando todos a novos caminhos e para novas escolhas. E assim o mundo se desdobra em diversas e convergentes histórias que, começam por encontros furtivos, trafegam por um período em paralelo, até retornar a distanciarem-se em novas encruzilhadas do caminho.
E se em uma estrada, num pomar ou em páginas de histórias, o que é sim irremediável é que sempre poderemos escolher nossos caminhos e fazer diferente. Mais próximo do que acreditamos, desde que ao nosso lado, exista alguém que também acredite neste sonho e te dê a mão.
Abstrato.
