O tema...
A meta...
A inspiração...
É tudo o que penso quando me coloco à frente do papel na confortável posição de poder escrever o que eu quiser no hemisfério do meu conhecimento e da minha opinião.
Acho que aí que as pessoas se perdem, por sua falta de foco ou de um tema. Imagino o desespero das pessoas responsáveis por fazer um programa semanal e ter como meta trazer sempre notícias, informações e entretenimento para um Brasil multifacetado pelas culturas que nos formam um País reconhecido pelas culturas que em poucos quilômetros que separam cidades, já mostram distintas culturas e opiniões sobre os mais diversos assuntos.
Neste ponto, com todos estes obstáculos, entendo porque a “Revista Eletrônica” como sugere e intitula-se o programa que ultrapassa os limites da minha paciência acaba por escorregar e ficar aquém das expectativas de muitos.
A pouco tempo, pela distração que causa a falta de assunto deste, estive vasculhando os sites de opinião, relacionamento, ou seja lá como chamar... encontrei diversas pistas sobre o assunto que acaba por se tornar uma ótima pauta para minhas palavras neste domingo de chuvas intensas, mas, como falar de chuva é um clichê e tarefa para aqueles repórteres que não conseguiram nada melhor, vamos deixá-la de lado...
De volta ao processo que me leva a escrever, sinto que as pessoas que pensam num programa, numa matéria e conteúdo para colocar de fronte as câmeras para todo o Brasil, vejo que temos um grande problema social: as pessoas são distintas e hoje vejo que os jornais locais nos trazem muito mais informações interessantes e práticas do que jornais nacionais que pincelam temas sem profundidade ou qualquer informação que se aproxime da realidade de nossas vidas, de nossa rotina e do nosso mundo.
O que me chateia é a perda de tempo que faz com que tenhamos que compreender essa falta, vivendo de uma fonte de informação ridícula... que pena... o mundo tem tantas possibilidades, a informação é tão simples...
Mas como dizer para as pessoas que ler e visualizar notícias longe de uma televisão pode ser mais importante e prático do que a comodidade de ficar jogado em frente a uma tela que nos traz um pouco de tudo e nada de muito que temos para aprender, para conhecer e para criticar, dialogar e trazer para o conhecimento pessoal.
Por fim, o mundo é simples, e com a nossa complexidade étnica, onde as raízes culturais ainda são ditatórias na forma que falamos, nos alimentamos, vivemos enfim, com o mundo girando e trazendo o mundo para nosso conhecimento, rasteiro de fontes de informação que não trazem nas entrelinhas, nada mais do que tendenciosismo, política, intriga e conceitos que acabam tornando-se letais para a liberdade de expressão.
Vamos para o mundo sem aceitar as lentes que tentam nos colocar em frente aos olhos... vamos limpos, puros e com a nossa bagagem de conhecimento sem vícios e sem a prisão de uma televisão que fala por todos dentro de uma casa sendo o alto-falante, o ruído a opinião mais ouvidos.
Abstrato.