quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Máscaras de Carnavais Passados

Passa o carnaval, passam os blocos e escolas de samba. Fantasias e máscaras.
Passam novidades e novas emoções, passam por nossa história, novos e velhos amigos. Nestas novidades de uma vida cheia de emoções, fatos e histórias na avenida dos dias.
No final desta avenida – no final de mais um carnaval – as máscaras são deixadas de lado, cada um volta à rotina e a ser o que realmente é – enquanto alguns apenas trocam de máscaras (...).
No efêmero instante em que redescobrimos nossas amizades, nos reconhecemos nos espelhos da vida como sendo aqueles que detém o poder do julgamento racional, compete com este, aquelas emoções passadas que correm por nossa memória, entre momentos bons e maus, ao menos, doces notas de uma vida incondicional.


Depois da ressaca de tantas emoções, desacostumadas pela vida que levam, as pessoas tendem a resgatar-se de momentos felizes, buscar aqueles que estão próximos ou que ao menos estiveram tão próximos, mas sabemos, máscaras caem no final de cada festa, de cada desfile. O que resta desta experiência por vezes, é uma surpresa sem parâmetros exatos, é sim um momento desinteressante descobrir que a colombina e o pierrot são apenas pessoas comuns, o super herói não passa de um esquelético e caricato humano cheio de defeitos e de músculos de aço, tem apenas a expressão irretocável de sua própria inquisição. O galante cavalheiro, hora delicado e retocado em suas palavras e atos, arfando como um touro entre as nuances da meia luz; e então o mundo se desfaz na mesma liquidez e hipocrisia que nos cerca diariamente: esquecemos a vida por um instante lisérgico de liberdade de expressão e de ridícula compreensão.

Eis que não há motivos para sermos quaisquer compreendidos ou analisados, somos movidos por sonhos e sonhar acordado, vivendo exatamente o que queríamos ser, protegidos por uma máscara, pelo enredo daquele ritmo que contagia e desliga qualquer razão ou ligação terrena que tange a nossa realidade é o que realmente queremos, é apenas o que nos interessa no momento em que recriamos nossos mais sinceros intuitos do que entendemos da interpretação da palavra prazer.


Dênis Caberlon.

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