quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Arquibancada, cadeiras, mezanino ou PALCO?

Dizem que os seres humanos nascem puros, que a sociedade os corrompe. Estudiosos afirmam que as crianças são especialmente más (apesar de eu acreditar que seja uma inverdade, que na verdade trata-se da natural curiosidade dos pequenos de descobrir a adrenalina, fazer o que “não pode” para ver o que acontece... A verdade é: ninguém sabe a verdade e isso que os deixa mais loucos e instigados, perdidos e amarrados ao dilema que persegue as gerações de analistas e profissionais.
Cada ser humano tem uma história de vida, aquele passado de que se orgulha ou se envergonha. O indivíduo cresce e, a partir de sua coragem ou falta dela, forma sua postura: a íris pela qual vai encarar a vida e seus desafios pessoais. Aí se escolhe qual o ingresso que vai escolher: se vai para a platéia ou para o palco, ouvir ou contar a história, se será um leitor ou o escritor da obra de sua vida.
É claro que, para que haja um equilíbrio, tem que haver ouvintes, leitores e espectadores; e todos são em certas circunstâncias. Mas ao que toca a nossa vida pessoal, nossa carreira e nossa postura, temos sempre que avaliar se estamos realmente assumindo o papel de nossa vida com humildade e coragem de dizer o que deve ser dito, ouvir com humildade e aprender sempre.
Quando escrevo, deixo aqui registrada uma impressão sobre o que penso, assim como analiso cada linha que leio de todo o restante que outros escritores contam e assim forma-se o ciclo de um novo tempo... o tempo da liberdade. Liberdade esta que nos traz um dilema a mais: a responsabilidade sobre o que escrevemos e dizemos sobre a forma como atuamos e, de certa maneira, influenciamos aqueles que lêem, ouvem ou vêem as nossas criações.
Precisamos de jogadores, precisamos de atacantes e zagueiros, precisamos de escritores e poetas. O Brasil precisa de mais empreendedorismo e não de, simplesmente, assalariados chateados pelo seu baixo salário e inócuo reconhecimento. Os mercados modernos precisam de mão de obra que sonha, projeta seu futuro sob uma visão de alcance, tendo como alavanca para o crescimento, exatamente o trabalho. Claro que o ambiente e os gestores têm, necessariamente, que entender esta disposição dos poucos funcionários que prezam o trabalho como forma de evolução e meio de conquistar seus objetivos pessoais e dar oportunidades para o desenvolvimento pessoal.
Eu reconheço entre o exército, aqueles que se predispõem a lutar por uma causa e aqueles que ali se colocam pelo soldo, aqueles que adoram uma sexta-feira e odeiam o domingo à noite. O trabalho é a veia que nutre a alma e enriquece o caráter do ser humano, sem ele sucumbiríamos... então, porque não honrá-lo com nossa atenção? Fazer dele algo que podemos contar e nos orgulharmos? Porque não encarar essa fase de nossa vida como o elevador que vai nos trazer àquele andar que visualizamos e almejamos alcançar no futuro?
Estou cansado de platéias cheias, arquibancadas lotadas, eu quero um campo de guerra cheio, uma quadra de futebol lotada de atacantes e zagueiros, arqueiros e, mesmo, juízes – aqueles que realmente coordenam o espetáculo!

Agradecimento:
-Carlos, obrigado pela indicação do assunto, que é a pauta que todos se debatem, mas ninguém debate.



Abstrato.

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