Hoje trago um dilema:A profissão das pessoas que o reflexo que estas podem ter de acordo com a maneira que encaram o compromisso com algo.
Venho a muito atritando a realidade com a minha ideologia e desta, crio um paradigma qual me deixa em transe, como se em um labirinto de papoulas que não me permitem pensar claramente. A cada dia conheço pessoas com perfis distintos e que têm uma postura ímpar frente a compromissos, conceitos de crenças. Cada um destes agarra-se às ideologias nas quais foram concebidos e doutrinados, outros, pelo simples fato de poder corromper o sistema, mutilam as próprias carreiras para lutar contra um mal imaginário que alguém da mesma maneira imaginário pode estar tramando o golpe fatal contra si.
Dentro deste quadro preto e branco, encontro atletas que corrompem sua juventude em busca de um ouro olímpico ou mesmo de uma conquista qualquer que alguém estipulou como meta para sua existência...
Então chegamos a mais um item que coexiste entre os mundos que margeiam os lares e a vida hemofílica das ruas: as profissões, prisões ou paraísos onde as lamas se escondem e por elas são escondidas, os ambientes onde passam a viver a maior parte de suas vidas, com novas famílias e novos amigos que até um momento anterior a contratação eram inatingíveis desconhecidos...
O que faz de uma profissão um sistema que, por mais estranho e bizarro para qualquer pessoa normal, é motivo para privações, desconforto, lesões e até mesmo, dificuldades de relacionamento devido ao comprometimento que pode despertar naqueles que nele se nutrem?
Aparente papo de capitalista, empresário que quer dominar o mundo e escravizar a humanidade, mas não, falo do amor daqueles que colocam no que fazem, o artifício de sua felicidade, do desafio de alcançar e sobrepor limites que jamais ousaria um dia alcançar... o impulso que eleva a mente por sentir-se bem com o ofício que realiza profissionalmente, porém que, no seu íntimo é aquilo que lhe dá orgulho e posiciona-o dentro da cadeia alimentar de um sistema corporativo em que está inserido...
Amor pelo que faz existe sim, e é reconhecido de maneira mais fácil do que supõe a vã filosofia do homem.
Abstrato.
