segunda-feira, 7 de julho de 2008

Palavras difíceis de ler... mais difíceis de sentir

(Para alguém que tem coragem de recomeçar...)

Todo artista sente dor.
Todo mundo é um artista quando sente dor...
Principalmente quando se sente derrotado pela realidade...
Quando traído se vê com o coração pulsando em suas mãos, a sangrar...
Quando o ar é rarefeito e apenas você pode sentir o frio.
Ao ver a lavoura devastada ou a casa bagunçada, cada um pensa em si - vítima...
E como encontramos mazelas para maltratar-nos pelos dias...
Por quanto na verdade pré julgamos os nossos amigos e não percebemos:
Simplesmente ainda não chegamos neste nível e estamos prestes a cair por terra.
Se os teus valores não avalizam os teus riscos então sente-se frágil e à mercê de um golpe...
E vem a inspiração....
Na verdade a fragilidade que abre os poros das palavras...
Tal como o efeito etílico que toma todo aquele que se encontra com qualquer dúvida...
Enobrece o sentimento vil da dor e consome o ego em desastres, quedas livres desmedidas dentro de si mesmo.
Estar perdido em uma estrela deserta, sem saber para qual lado ir... qual o brilho não mostra o caminho de casa, o lugar seguro que nos envolve e protege...
Encontrar o final de um corredor que não deveria ter fim... afinal, em qual hospital te encontras?
Quais dos teus limites ainda não testastes?
Tuas vidas em coma, os sabores falecidos pelo amargo gosto da tristeza...
E qual fraqueza que te faz agir assim senão a farsa que tenta ocultar a realidade simples de que a vida mudou, as pessoas mudaram e apenas a tua ótica não mudou....
Deparar-se com seu eu mais profundo, o rosto quando acorda e no final da festa...
Não há brilhos quando se olha para o escuro da alma, assim como o lado negro da Lua não altera marés e não causa sombra à tua silhueta...
Estou a estremecer teus sentimentos e encontrando o que mais perturba? Fazendo que toque, sem as luvas da distração o que pensas machucar, quando sei que não, em nada mais pode te afetar, mas o enfrentamento tem mesmo que haver.
Seria eu inimigo daqueles que esconde a cruz que te assusta para colar em sua testa para que morras ao primeiro raio de sol... não, jamais... prefiro a ver-te sangrar do amor, a sofregar e estender uma dor que não deves, não mereces mais sentir e vamos... sempre vamos sofrer...
Aí a escolha que apenas o corajoso homem consegue propor: abrir os olhos para escolher ao olhar no horizonte, o caminho que deseja seguir, sair da caverna de Platão e encarar o que apenas ouviste falar porque sempre tiveste medo de encarar sozinho, na companhia dos teus valores, ao lado de teus amigos...
O homem morre às vésperas, de esperança e desilusão daqueles sonhos que jamais teve a coragem de realizar, pois não dormiu para encontrá-los.
Abre teus olhos e teu coração, a vida é o teu desafio maior e eles não servem senão para este propósito!
-Não tenha vergonha de chorar, eu chorei-

Abstrato.

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