segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Jornal e a rotina...

Nossa...
Que decepção tive no momento em que fiz uma simples analogia de um fato simples e normal...
Verdadeiramente percebi qual é o sentimento de se ter o coração partido por uma desilusão...
Um franco exagero para algo tão semelhante e ao mesmo tempo que pode ser encarado como deveras distante.
Saí antes do meu jornal chegar. Passeio por todo o dia perguntando que dia era hoje e esbarrando em notícias que na verdade ele trazia. Mas ele ficou na minha porta por todo o dia, a me esperar. Deve ele ter ficado olhando para a porta pensando: “...ele não vai sair daí?” E realmente não saí...
havia eu saído com muita roupa sobre os ombros – obviamente sobrou demais, a ponto de nem mesmo me dar o trabalho de trazer tudo de volta...
Enfim o momento do encontro... ele estava lá – no chão a me aguardar, fiel, íntegro e virgem, com o característico cheirinho do papel reciclado e da tinta de impressão.
Peguei-o com emoção e o trouxe até a mesa... fitei-o entre capas para saber o que trazia, mesmo tendo já visto parte das notícias de que tratava... mas o abri, alimentado e de banho tomado, comecei retardado meu ritual de leitura que deveria tão cedo ter ocorrido e não se fez...
Então, pasmo, na virada da última folha concluo: nossa... ele não me trouxe novidades, tão pouco algo que ainda posso aproveitar senão fechar a janela, pois a chuva precipita-se sobre a capital do nosso Estado e ele queria ter-me assim avisado...
É... como é duro concluir: você não me traz mais nada de novo e aí vem a minha analogia...
As pessoas que são importantes são como um jornal logo cedo: a cada dia te trazem novidades, te fazem perceber a importância que tem e a falta que faz não ali tê-las diariamente...
Agora quem, quem daqueles que acho que por tudo domina entre o conteúdo que lê, entre as amizades que o rodeiam, acham que viveriam sem a companhia diária daqueles que te completam? É... somos páginas da vida de qualquer um que conhecemos e que responsabilidade é pois, estarmos ali a cada dia, em cada novo momento para dar aquela notícia, o sorriso ou o abraço que deves importante é e que por vezes não prestamos atenção.
É com a casa vazia que vemos o quanto aqueles móveis completavam nosso ambiente e, ainda, quanta falta sim, fazem...
E é por esta analogia estanha que digo aos meus amigos, a cada dia: tenho páginas novas para lerem...

Abstrato.

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