
Palavras escritas com convivência e experiência...
Exímios termos que sabem exatamente onde e como tocar...
E passam as fotos...
Lá vou eu para os álbuns de fotos que diminuem a distância...
Volta à realidade quem está distante num piscar de olhos...
E piscam os olhos...
Volto-me para a música que toca, a mesma música que sempre ouvimos...
Olho para as paredes, estas paredes que guardam os nossos segredos...
E mais um segredo...
Sozinho na penumbra do ambiente silencioso, suspira uma ausência.
Como aperta o coração daquele que fica e não está adiante...
Engole seco mais uma vez a mesma saliva que não tira o gosto...
volto para o espelho da alma e a racionalidade me traz de volta.
E a realidade me engole...
Decisões a tomar, contas a pagar e mais decisões a tomar...
A rotina do mundo me consome e endurece meu peito...
E mais fumaça eu aspiro...
O mundo corre como louco e eu aqui parado sobre um jornal...
Qual notícia aqui conseguiria me deixar feliz não sendo eu agente funerário?
E mais reticências nos meus pensamentos...
Incompletos pensamentos que tomam conta de mim mais uma vez...
Vêm como balsas empurradas pelo vento em direção ao abismo.
O abismo sim formado de teclas e tela em branco.
E mais uma página é preenchida...
Mas o que destas palavras são apenas um rascunho?
E mais saudade invade meu coração...
O mundo cai por sobre seus erros,
Mais uma pessoa perde seu amor...
Mais um humano se encontra dentro de si e sente-se sozinho.
O que me faz completo senão aqueles que estão nos meus pensamentos?
E passam as fotos...
Abstrato.