A grande guerra da busca pelo amor.
Todos os livros de histórias da vida retratam o amor em epopeias de paixões inaccessíveis, onde pessoas almejam o sonho delirante do mais belo livro de emoções.
Artistas retratam o amor e as sangrentas histórias dos impedimentos da felicidade nas mais diversas formas de expressão e em resumo, classificam e emplacam best-sellers premiados com essa temática.
Músicas nos tocam o coração pela expressão da dor infinita e inimaginável qual o protagonista nos conta entre refrões sôfregos que pingam o sangue que corre nas veias amortecidas por uma desilusão, para os ouvintes, apenas uma grande canção que remete à lembrança de um momento difícil de suas vidas, para o criador, quando o faz com respeito à obra, coloca suas lágrimas em forma de texto para dar corpo e personalidade ao sentimento que a música expressa.
Vemos, não raramente, os músicos de maior prestígio na sua classe, externar as suas desilusões descritas nas letras mais delirantes que levaram multidões a consternar-se ao ouvir suas canções.
E assim o mundo é pintado pelas cores da dor, da paixão inatingível ou das desilusões que a história escreveu no livro de seus dias.
Das baladas mais sangrentas, vemos a busca pelo impossível, as catástrofes que circundam as relações humanas. Assim como a luta pela conquista daquela que seria a metade pulsante de seu coração sonhador. Mesmo que jamais a toque, o artista transa com as palavras em composições simétricas de dor, rancor e ódio, já que, todos os sentimentos resultam em emoções opostas que por vezes, fazem causar o reflexo contrário do sentimento original, em completo repúdio ao que sentiu. Reação esperada quando não alcança o objetivo, cruzar os braços para a realidade e culpar os atores desta peça teatral da vida, pelo insucesso de suas investidas.
Mas não apenas de mazelas se constitui um fonograma que retrate a guerra por conta do amor, quando na verdade, os bastidores da história nos revelam inúmeras páginas, canções, telas, poemas e filmes que nos remontam o ato formal que decompõe o amor pela ganância, inveja e outros itens da caixa de Pandora; usados quando a felicidade e a energia criada pelo encontro de dois corações incomoda o mundo exterior pela perfeição, brilho e sucesso do encontro de duas almas que fundem-se me uma só: um belo casal!
Nossas contradições começam quando o alcançar do amor, esmorece a paixão, descongela o bloco de desejo então criado, tal como seria a decepção dos amantes ao tocar o solo da Lua e ver sua frieza, aspereza e infertilidade no vácuo de sentimentos que lá habitam, o nulo, o vazio e a escuridão. por assim pressupor, a Lua serve aos seus amantes enquanto sim, intocável e inerte, brilhando e inspirando as paixões mais loucas e inaceitáveis na sociedade atual. A Lua, é para o amante, o objetivo que deve permanecer no cenário de um romance, mas, jamais, como um personagem tangível.
É claro finalizar a composição de uma balada como encontro surpreendente das comédias românticas que terminam com o encontro das almas e a alegria que compõe o retrato desta história. Porém, o mundo real conta com a solidão, a eternidade do insucesso e a dor que cicatriza - ou acostuma-se a sentir - por saber que, jamais, haverá possibilidade possível de tornar-se um final feliz, ou um início de uma nova vida a dois.
Somos humanos, imperfeitos caçadores que não sabemos ao certo o que buscamos, errando pelos caminhos dos sonhos impossíveis e das paixões que nos aplacam o coração.
Abstrato.