-o mundo de cristal líquido-
E é aqui então que nos encontramos, vivendo um momento insólito.
A página central da história que está recheada de escândalos, lutas e tragédias. A histórica carnificina do ser humano quando coloca-se frente a qualquer impasse político ou social. Um povo cego, um povo morto que caminha como zumbi, sem alma e sem desejos. Segue um rumo incerto pois aquele que indica a direção segue sem bússola, sem vela, sem um mapa. Segue apenas a própria ignorância que carrega no ego de sua autocracia egocêntrica e perdida no poço da maldade e do eufemismo.
A página central da história que está recheada de escândalos, lutas e tragédias. A histórica carnificina do ser humano quando coloca-se frente a qualquer impasse político ou social. Um povo cego, um povo morto que caminha como zumbi, sem alma e sem desejos. Segue um rumo incerto pois aquele que indica a direção segue sem bússola, sem vela, sem um mapa. Segue apenas a própria ignorância que carrega no ego de sua autocracia egocêntrica e perdida no poço da maldade e do eufemismo.
E assim percebo as pessoas ao meu redor buscando sentimento no plástico mundo das caras e bocas que se mostram sempre felizes nas redes sociais e não percebem que existe um ser humano por trás de cada aparelho, por trás de cada intervalo entre um clique e outro. Existe sim, um sentimento que não habita mais os corações por trás de canções raivosas que nos completam os momentos entre o dormir e o acordar. Dentro de cada um dos discos encontro a alma caída do artista que desacredita a continuidade de sua obra, a dor e o sono pelo simples motivo de ter percebido que algo lá no fundo do poço se dissolveu em água e portanto, evaporou longa e lentamente por simplesmente, lá ter sido deixada, e, esquecida...
É de um caminhar triste e desacreditado que vejo os passos que deixo na areia que se apagará assim que a maré da ignorância subir e apagar um trabalho, uma história e a tentativa desesperada de chamar a atenção para uma vida real que existe além de uma tela de cristal líquido, além do simples clicar do curtir apenas para chamar a atenção e não por realmente haver qualquer sentimento envolvido. Um coração vermelho, gigante e pulsante é tão barato quanto um clique e um "enter", mas e o sentimento? Onde se encontra realmente no momento em que supostamente estaria dando uma declaração clara de um sentimento lindo, raro e efêmero como o Luar em uma noite sem nuvens?
Deixamos todos de amar? Não, claro que não, e isso ainda pode ser rebelado e promovido, se, houver mais responsabilidade, orgulho pelo simples amar uma pessoa e ver nesta um futuro além do anoitecer, além do prazer passageiro ou do sorriso educado.
Porém hoje, vejo as pessoas 100% conectadas com o mundo externo, sem um minuto para si mesmo, sem silêncio, sem ouvir a si mesmas, nem ao menos para cumprir com suas necessidades básicas de uma existência digna e saudável. É um momento de perplexidade para um movimento social que globalizou a fofoca nas redes sociais e a cada segundo, um novo astro sobe ao picadeiro para ser o fantoche de risadas mundiais. O que estamos aprendendo? O que estamos deixando para nossos filhos? Para onde estamos os levando se, para calarem a boca, recebem um smartphone ao invés de atenção e carinho.
As tecnovidas estão tomando a sociedade, corroendo a família e afastando o que há de mais precioso em um mundo onde sozinho, apenas passarás por desafios mais duros, carregarás um peso inimaginável pelo simples fato de, não deixar espaço na sua vida para o convívio, o contato interpessoal. Mergulhados em um personagem virtual sem dores e sem problemas, sem mágoas e ressentimentos, fazem crescer as filas nos hospitais por doenças de velhos que hoje atacam aos jovens em tamanha proporção.
Deixamos de amar, deixamos de acreditar na realidade de que somos humanos, precisamos de humanos e outras pessoas precisam de algo mais do que apenas assistir ao circo de uma rede social banalizada pela falta de personalidade social.
É de um caminhar triste e desacreditado que vejo os passos que deixo na areia que se apagará assim que a maré da ignorância subir e apagar um trabalho, uma história e a tentativa desesperada de chamar a atenção para uma vida real que existe além de uma tela de cristal líquido, além do simples clicar do curtir apenas para chamar a atenção e não por realmente haver qualquer sentimento envolvido. Um coração vermelho, gigante e pulsante é tão barato quanto um clique e um "enter", mas e o sentimento? Onde se encontra realmente no momento em que supostamente estaria dando uma declaração clara de um sentimento lindo, raro e efêmero como o Luar em uma noite sem nuvens?
Deixamos todos de amar? Não, claro que não, e isso ainda pode ser rebelado e promovido, se, houver mais responsabilidade, orgulho pelo simples amar uma pessoa e ver nesta um futuro além do anoitecer, além do prazer passageiro ou do sorriso educado.
Porém hoje, vejo as pessoas 100% conectadas com o mundo externo, sem um minuto para si mesmo, sem silêncio, sem ouvir a si mesmas, nem ao menos para cumprir com suas necessidades básicas de uma existência digna e saudável. É um momento de perplexidade para um movimento social que globalizou a fofoca nas redes sociais e a cada segundo, um novo astro sobe ao picadeiro para ser o fantoche de risadas mundiais. O que estamos aprendendo? O que estamos deixando para nossos filhos? Para onde estamos os levando se, para calarem a boca, recebem um smartphone ao invés de atenção e carinho.
As tecnovidas estão tomando a sociedade, corroendo a família e afastando o que há de mais precioso em um mundo onde sozinho, apenas passarás por desafios mais duros, carregarás um peso inimaginável pelo simples fato de, não deixar espaço na sua vida para o convívio, o contato interpessoal. Mergulhados em um personagem virtual sem dores e sem problemas, sem mágoas e ressentimentos, fazem crescer as filas nos hospitais por doenças de velhos que hoje atacam aos jovens em tamanha proporção.
Deixamos de amar, deixamos de acreditar na realidade de que somos humanos, precisamos de humanos e outras pessoas precisam de algo mais do que apenas assistir ao circo de uma rede social banalizada pela falta de personalidade social.