... e s p e r a r ...
Tempo... o algoz de toda a espera... o moço que, ao seu tranco fraquinho vai pelo caminho da paciência e tranquilidade, traçando o modelo justo e necessário para chegarmos de um ponto a outro de nossas conclusões. A inércia quebrada a cada segundo pelo ponteiro maior no seu tranquito sereno. Sabe voar quando a felicidade está conosco, assim como anda para trás quando aguardamos por algo ou alguém.
Se possível fosse, teria o tempo em minhas mãos, desvendaria o que as próximas horas nos reservam, voltaria a momentos especiais com pessoas especiais que perdi, que me ensinaram muito na minha infância e que hoje são saudade. Da educação que recebi, dos valores que aprendi, devo muito a elas e hoje, o tempo não me permite mais contar com aquela luz que por tantas, iluminou o meu caminho. Se possível fosse, traria o ônibus de volta e o faria acelerar para que não esperasse por tanto na parada pela sua chegada.
O senhor do momento em questão que arrasta-se quando esperamos por algo ou por alguém, pára quanto mais queremos que nos ajude a aguardar por uma circunstância. Não há fórmula mágica para o ato de esperar senão amortecer-se, desacelerar e fazer um esforço imenso para desviar a atenção do foco da espera, do motivo pelo qual está ali, a fitar a areia da ampulheta e os desenhos da sua queda no êmbolo do mandatório tempo... esperar por uma resposta, ou um acontecimento, ou ação, esperar que o relógio empurre os ponteiros para o destino que te levará onde anseia. Assim vai o tempo, lento e pesado, como ar que se respira, parece denso e grave por não saber, não haver notícias sobre o que se daria no momento em que se vê assim, sozinho, esperando por algo que não acontece.
Se possível fosse, teria o tempo em minhas mãos, desvendaria o que as próximas horas nos reservam, voltaria a momentos especiais com pessoas especiais que perdi, que me ensinaram muito na minha infância e que hoje são saudade. Da educação que recebi, dos valores que aprendi, devo muito a elas e hoje, o tempo não me permite mais contar com aquela luz que por tantas, iluminou o meu caminho. Se possível fosse, traria o ônibus de volta e o faria acelerar para que não esperasse por tanto na parada pela sua chegada.
O senhor do momento em questão que arrasta-se quando esperamos por algo ou por alguém, pára quanto mais queremos que nos ajude a aguardar por uma circunstância. Não há fórmula mágica para o ato de esperar senão amortecer-se, desacelerar e fazer um esforço imenso para desviar a atenção do foco da espera, do motivo pelo qual está ali, a fitar a areia da ampulheta e os desenhos da sua queda no êmbolo do mandatório tempo... esperar por uma resposta, ou um acontecimento, ou ação, esperar que o relógio empurre os ponteiros para o destino que te levará onde anseia. Assim vai o tempo, lento e pesado, como ar que se respira, parece denso e grave por não saber, não haver notícias sobre o que se daria no momento em que se vê assim, sozinho, esperando por algo que não acontece.
Uma ilha sem comida e sem água onde apenas a escuridão te é companhia e nem mesmo fogo te dará o calor ou a luz que precisa para que sejas encontrado. Resta apenas esperar, ver a Lua riscar o céu na sua romântica trajetória para enfim encontrar o dia, buscar a redenção da agonia de um arrectis auribus no amanhecer de quem aguarda pelo zunido de um novo dia. Embalado na aflição de quem busca um barco no horizonte, na agonia da desproteção de um ambiente hostil onde o tempo, embala-o como uma criança em brandos afagos. (Algo que me surgiu).
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E a espera sempre incorrerá no decurso de uma expectativa que nos leva a um monte alto e solitário, onde não sabemos o que acontece no resto do mundo, sem informação ou conclusão de qualquer caminho, apenas o bater de cascos de um relógio que insiste em nos adiar uma conclusão. A espera me dói quando não há cronômetro - ou um ponto zero a alcançar, quando o que se sente é diferente e cálido ao que se precede em relação a impor um ritmo aos atos que não são, necessariamente os meus, de como gostaria de um fortuito desfecho rápido, senão urgente!
Em se tratando de espera, ainda, somam-se as datas marcadas, jogadas em um ponto futuro de um calendário aleatório, quando sabes que o tempo se esvai e o fim se aproxima e que por solidão, ficará a sofrer como quando a máquina de tatuagem percorre teu corpo e a dor se alonga a cada novo segundo... quando vê que, não estás ainda, à metade da sua conclusão. O bater dos sinos das horas nos avisa que o tempo está passando e suas chances vão consumindo-se em drágeas medidas em dias, horas, minutos e segundos - precisão essa que apenas piora com o badalar dos sinos da angústia- e nada fará com que o taciturno relógio de astros pare de girar, a chocar-se contra o teu desejo de ali permanecer, sem que, precise portanto, novamente partir...
Não finalizaria o texto, se houvesse tempo para mais escrever, o tempo... tão raro... tão cruel e pragmático me avisa que tão em breve a gente morre e por isso, quem sabe, tentemos sempre, viver o amanhã hoje, deixando escorrer por entre os dedos o agora em que nos pegamos calculando um inserto futuro de uma raça que tão logo deixará de existir...
Em se tratando de espera, ainda, somam-se as datas marcadas, jogadas em um ponto futuro de um calendário aleatório, quando sabes que o tempo se esvai e o fim se aproxima e que por solidão, ficará a sofrer como quando a máquina de tatuagem percorre teu corpo e a dor se alonga a cada novo segundo... quando vê que, não estás ainda, à metade da sua conclusão. O bater dos sinos das horas nos avisa que o tempo está passando e suas chances vão consumindo-se em drágeas medidas em dias, horas, minutos e segundos - precisão essa que apenas piora com o badalar dos sinos da angústia- e nada fará com que o taciturno relógio de astros pare de girar, a chocar-se contra o teu desejo de ali permanecer, sem que, precise portanto, novamente partir...
Não finalizaria o texto, se houvesse tempo para mais escrever, o tempo... tão raro... tão cruel e pragmático me avisa que tão em breve a gente morre e por isso, quem sabe, tentemos sempre, viver o amanhã hoje, deixando escorrer por entre os dedos o agora em que nos pegamos calculando um inserto futuro de uma raça que tão logo deixará de existir...
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