O ser humano erra sempre que adultera o sentido da palavra gostar
O preocupar-se com o outro é natural, faz parte do nosso instinto de proteção e sobrevivência. Ainda que discutido quanto aos seus limites, sempre haverá um modelo próximo ao adequado para ser aplicado a cada caso e necessidade. Somos todos em mensuração distinta, participantes da oportunidade de sermos melhores, sermos portanto melhores. Porém o erro maior sempre se dará quando considerarmo-nos proprietário de alguém ou de certa coisa da qual nada sabemos.
Uma amizade parte sempre do pressuposto de que há respeito, limites e claro, similaridade nos pensamentos e nas definições da ideologia quando há congruência dos pensamentos e regras. Porém, quando se imprime o excesso de controle, ocorre o natural afastamento por consideração a evitarem-se atritos desnecessários e desgastantes, enfraquece o vínculo justamente pelo excesso de preocupação, do gostar e do controlar.
E por falar em controle, não há como deixar de lado que a necessidade de liderar, impor através de ordens em demasia e impressas sob o cunho do impeditismo, que haja um momento em que torna-se um reinado que culmina em um monólogo, visto que, por mais conhecimento, domínio sobre qualquer tema, as pessoas não venham a afastar-se por considerar impróprio que o normal ocorra e que mesmo os erros possam transitar na relação de amizade entre os seres humanos. Os artifícios conduzidos na imposição do controle sobre outras pessoas ficam claros e são aparentes quando forçados e tem como resultado imediato, a repulsa de todo esforço em conquistar o controle de modo ilícito e não natural no conceito das relações humanas.
Associa-se tudo o que vimos ao ciúme, o mesmo sentimento negro que cega nosso foco em qualquer possibilidade de criação, evolução ou aproximação, pois vem da necessidade de controle e acaba por nos colocar em cheque - aceitar que o sentimento negro do ciúme, acabe por nos deixar impróprio, deslocado, perdido e enjaulado na mais triste solidão que o isolamento necessário para evitar a tristeza, o isolamento e mesmo a agressividade daquele que o gera. Pode mesmo sendo irregular, nos tornar solitários e doentes quando lidamos com o seu excesso.
E caso tudo isso não nos esclareça um limite, um formato ideal para o sentimento de gostar, limitado ao ponto que, não se caracterize como grades que prendam outra pessoa na jaula do excesso de proteção, atenção e controle, trazendo o amargo gosto da depressão pelo ceifar da liberdade que difere do que deveria ser o foco de qualquer relação de amizade.
Se o nosso prometer por ventura trouxesse tranquilidade, o melhor seria prometer jamais cair no erro do pensar que nossas intensões sempre serão corretamente interpretadas pelas pessoas que à nossa volta carregam o peso dos excessos pelo que somos formados.
E caso tudo isso não nos esclareça um limite, um formato ideal para o sentimento de gostar, limitado ao ponto que, não se caracterize como grades que prendam outra pessoa na jaula do excesso de proteção, atenção e controle, trazendo o amargo gosto da depressão pelo ceifar da liberdade que difere do que deveria ser o foco de qualquer relação de amizade.
Se o nosso prometer por ventura trouxesse tranquilidade, o melhor seria prometer jamais cair no erro do pensar que nossas intensões sempre serão corretamente interpretadas pelas pessoas que à nossa volta carregam o peso dos excessos pelo que somos formados.
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