Todos dizem que existe um chinelo velho para um pé torto... ouço falar que há louco pra tudo... que para cada parafuso existe uma porca... e assim seguem-se os exemplos de opostos que se atraem, loucos que atraem loucos e confusos que atraem confusão.
"Cada louco com a sua mania"
O mundo é populado por ideologias, culturas e definições relacionadas à crença em algo ou alguém. Dentro desta esfera, vivemos por conveniência crendo naquilo que nos traz tranquilidade, em qualquer coisa que nos permita viver sem remorso, sem que tenhamos a necessidade de penalizarmo-nos por nossos erros ou pela corrupção na qual vivemos e convivemos de forma naturalmente e necessariamente inseridos. Assim, tranquilos em relação ao cultivo do mal, temos por bênção ou por natureza, o livre arbítrio para trazer a sensação de liberdade à nossa rotina, e desta sensação, vivemos presos às regras humanas e sociais que, silenciosamente, nos prendem a mais amarras das quais fugimos e seguimos cegos as normas dos homens, pecadores, errados e viciados que envenenam a sociedade com as regras que criaram pela conveniência, em prol da contenção dos desejos pessoais e para evitar que a livre criatividade, exponha verdadeiros líderes que os possam amaldiçoar o sono e a tranquilidade do patriarcado que regem.
Mas é assim:
"De todos os loucos do mundo eu quis você
Porque eu tava cansada de ser louca assim sozinha
De todos os loucos do mundo eu quis você
Porque a sua loucura parece um pouco com a minha"
Clarice Falcão
Clarice, sem querer, tens toda a razão, corroborando com a minha ideologia que, fala como na abertura do reclame: há mesmo um louco para cada outro louco, onde ocorre a identificação (romanticamente categorizada como "química"), porém, não é o foco de nossa abordagem neste momento, como já disse, hoje falo sobre o ímã que escolhe a quem a trair e a quem distanciar. Somos assim, feitos de química, ideias e conceitos que assim como aproximam o improvável, expurgam o lógico e mais coerente porque precisa haver desafio, precisamos de complemento e não de espelhos para aquilo que já possuímos ou julgamos possuir... eu vivo esse dilema (sim!) e tão interessante é mensurar neste momento do que conheço da vida, ser assim, sempre e de maneira inexorável. E, se é doce e simples, se é fácil e compreensível, porque não conseguimos mudar?
Digo que, simplesmente porque o composto carbônico sempre será equilíbrio e todos os demais, injúrios desequilibrados que buscarão equilíbrio no inverso da sua condição, ideologia, cultura e, claro, composição química.
Sejamos portanto, orgulhosos pela loucura que somos para cada um de nossos amigos, para cada um que, voluntariamente, faz parte das nossas vidas.