domingo, 14 de fevereiro de 2010

De verdades, estamos cheios.

     A história da humanidade se confunde com o ecossistema de um mundo paralelo que criamos em nossa mente. Ouvindo o que clama cada humano, nas misérias e nos desastres que identificam nossa realidade, o mundo mesmo pode criar uma novidade independente, fazer criarem-se sonhos distintos dos desejos individuais de cada alma que sofre com as derrotas do dia-a-dia.
Eu hoje verifico que nos falta a humildade de perceber que somos incapazes de lidar com perdas e com a ausência. Como é hardrock escrever quando o que se sente grita dentro do peito!
Devastador é o sentimento da derrota moral, da realidade que parece imutável, inabalável como o muro que nos mantém fora do que nossos sonhos desejam, mas, de que serviriam obstáculos senão para instigar a superação? Vem até mim aquela lembrança de diversas vezes perceber imutáveis as verdades que eu não cria, mas que geriam minha rotina e hoje o que vejo? Os muros são outros, enquanto que aqueles velhos desafios, hoje são pouco para que posso fazer. Então porque o desespero te afeta a realidade se no passado, por diversas vezes o mundo fez com que tivesse que superá-los? Acho que pode ser apenas um teste, uma academia que temos que cumprir, provas que precisamos responder para nós mesmos para sermos admitidos a mais um dia na viagem da vida, no caminho da redenção – ou da destruição.
Porque então, não fazer deste caminho florido e agradável, cheio de coisas novas e nuances que te faça senti-lo mais leve e agradável? Sim, somos aves migratórias que buscam sempre o melhor clima, o lugar ideal para a construção da nossa felicidade individual e, se a tua felicidade está no semblante feliz do teu companheiro, do teu amigo ou da tua família, é para este norte que vão levar as tuas ações: para buscar a felicidade, a aceitação e o prazer de estar ainda vivo, ainda voando aqueles milhares de quilômetros que ninguém acreditava que serias capaz de transpor. Agora que retornas ao ponto inicial, sabe que o mesmo caminho já foi traçado  agora ele se parece mais confortável, pois lembra-se já tê-lo conhecido.
A verdade imutável do nosso universo é que o final do mês está distante, as festas estão por ocorrer e tua agenda parece que te empurra para o interminável trabalho de divulgação de tuas habilidades intelectuais que de nada valem para a ascensão do teu império interior que te impulsiona a outros passos distintos daqueles que vem dando a passos largos, erguendo tijolos que não formam o teu próprio castelo.
Nosso trabalho nos dignifica, nos faz sentir úteis, mas não esquece que, viemos ao mundo para sermos completamente felizes, onde, completa, é apenas a certeza de que nunca seremos...

Abstrato.

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