sábado, 19 de dezembro de 2009

Tchê! Acorda que o mate tá pronto!


E lá vem mais um dia num lampejo de luz, que janela a dentro me coloca de pé, para honrar este momento. Assim como o crepúsculo tarde da noite me derrubou a dormir, me faz comprometer fazer desta dádiva divina, onde mais um dia soma-se à nossa história, fazer valer o que se ergue como uma brasa que queima minha fronte e minha retina.

     E depois de cevar o primeiro mate, relembro da tradição do meu povo, creio que a mais clássica delas, me deixa chucro pela saudade de quando mais crú, ainda via pelo meu caminho aqueles que fazem da tradição a sua regra prima, que, nascida nos galpões, ainda forma homens de valor...

     Mas, nasce o dia sim, redondo e imenso como nosso Rio Grande e o que me faz pensar por esta linha, acho que é ainda conseguir estar neste rancho, fazer minha rotina, rebuscar alguns critérios do que me forma e de onde nasci e assim caminho, junto dos meus, honrando as nossa mais simples tradições.

     A evolução de toda a tecnologia e da modernidade que hoje faz escrever não em papel mas em um virtual rumo de palavras que se perdem elá de cima, de onde o mundo é mais bonito, caem as palavras perdidas de um abstrato peão que carrega consigo as tradições que aprendeu com seu pai, respeita a todos que merecem deste e, por mais importante, a prenda que a cada dia me traz mais felicidades para a coleção do meu coração pequeno, onde apenas ela cabe de confortável maneira.

Abstrato.

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