A Liderança babou na gravata
A Liderança que escraviza processos
elimina o "penso" do ser humano.
Jamais gostei de falar sobre trabalho (o meu trabalho) mas estou pasmo com a condução comum, refletida no modelo Toyota de produção assumida por robôs e que, mais de 70 anos depois, aplicado na condução das equipes, na aplicação de padronização de procedimentos e atendimentos.
Gosto de pensar na organização, na representação de uma empresa através de seus colaboradores, com a sintonia e a sincronia de um relógio, porém, o processo torna-se desumano, criando máquinas de sangue quente que não são empoderados para tomar decisões ou avaliar nada além do que consta descrito no script que lhes escrevemos, esse é o futuro dessa geração de miseráveis (porque ganham pouco) adolescentes que precisam aceitar sub empregos e estágios que cerram os olhos sonhadores de quem busca um curso superior e o espelho de empreendedores que alcançaram o sucesso em seus empreendimentos - os mesmos que na grande maioria das vezes jamais passaram por isso.
Pois bem, nos deparamos com uma crise jamais vista, uma pandemia que não escolhe qualquer escala de valor para atacar mortalmente, quando trágico, o indivíduo. E ali vejo agora, todos os CNPJ's completamente desorientados, buscando novas soluções com velhas fórmulas e acreditando que tudo voltará a ser como era antes. Pois bem, vejamos todas as fissuras sociais e busquemos a volta ao normal em qualquer destas tentativas desesperadas de voltar ao conforto de sua zona após uma revolução tecnológica que empurrou toda uma sociedade para trás das portas de suas casas, ligados pelo intangível sinal de internet, para ver os filhos, fazer compras, cumprimentar amigos, fazer shows e, pasmem: TRABALHAR!
E cá estamos, com o distanciamento definido pela OMS, mascarados e de olhos arregalados com a óbvia derrocada de suas vidas e carreiras, pensando como sobreviver, como mudar sua forma de agir. Enquanto isso as novas esponjas cerebrais vagam desempregadas com a resistência para absorver novo conhecimento para um novo emprego, em um novo modelo de trabalho.
Mas, antes disso, expomos a fascista face do mágico que te prometeu aposentadoria, caindo em máscaras de neoprene ou qualquer material que lhe esconda o sorriso forçado de alguém que, em desespero, busca salvar o seu navio de um entrar de água que jamais encontrará enquanto não der ouvidos àqueles que despresou por tanto tempo.
Que venha a modernização com o galope de um silencioso vírus!
Abstrato.
