quinta-feira, 16 de abril de 2009

Solidão intelectual

Idéias...
Convicção...
Certeza...


Em certos momentos da nossa vida, da nossa caminhada, nos faltam certezas, perdemos a visibilidade das bandeiras que buscamos alcançar... nesse momento, faltam pessoas, amigos com quem gostaríamos de trocar uma idéia, mesmo que, apenas para afirmar e formar a nossa própria crença naquilo em que acreditamos... isso acontece freqüentemente com quem difere das pessoas normais que não têm em si a ousadia de trabalhar com os fatos novos, criar novas idéias e levá-las a um nível de mudança que lhe tire da zona de conforto – aquela situação estável e sem mudanças, onde nada nos surpreende, onde podemos fazer um plano distante e buscá-lo sem que hajam percalços pelo caminho, não ocorrem surpresas e nem obstáculos... a nossa vida pode ser repleta de surpresas, derrotas e vitórias... se ousarmos.

Ousar...

Palavra difícil, verbo que significa mais e muito mais do que apenas uma ação que quando completa, deixar-te voltar ao teu mundo e à sua rotina. Quando nos jogamos no abismo da ousadia, temos conseqüências, surpresas e vitórias que variam, eu não vemos no momento do salto, temos apenas o desejo de que dê tempo de abrir o pára-quedas...

Auto-sugestão...

Partir para um novo desafio, criar uma nova lei, exige teste, exige certeza e conhecimento sobre o fato e as ações que passarão a ser parte da tua rotina e precisão, serão novos tempos e novas atitudes que vão mudar a tua maneira de ver as coisas, verdades cairão por terra e novas verdades passarão a ditar a lei dos teus dias... o quanto isso é desconfortável... e o desconforto dói, o desconforto faz-nos questionar a verdade absoluta em que todos os demais acreditam... ele é louco, sim, ele é mesmo um louco.

Loucura...

A loucura é paradoxal e uma discussão contínua entre os estudiosos, como não sou estudioso, deixo esta teoria para a análise dos filósofos que têm entre si a rotina do questionamento. A loucura de uns, é, talvez, a realidade e a verdade absoluta de outros, mesmo sendo a verdade absoluta uma espécie de loucura... o velho looping que entorna o assunto... deixemos a loucura de lado, ignoremos a nossa falta deste conceito.

Ao partir, há sempre o desapego, porém, poder dividir o nosso medo e multiplicar nossas certezas com bom ouvintes, amigos que têm no mínimo, a imparcialidade à negatividade comum, já é um presente a se considerar divino neste momento...

Neste momento sim, sinto-me sozinho, conversando com o eco das minhas palavras e não é ruim, o eco confirma o que dizemos para nós mesmos e eu busco sempre expor o que sinto para ele, confirmando que realmente sinto, realmente existo e por tal, estou vivo, ouvindo as batidas do meu próprio coração!


Abstrato.

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