Qual a verdade que atravessa os tempos?
Qual é a luz que te ilumina?
Quando caminhas pelas ruas,
Aquelas mesmas estradas e saídas,
Velhos conceitos que caem no caminho,
Vais andando com os teus,
Veja no horizonte:
Vermelho sangue da mesma desigualdade,
Acho que os velhos vêem menos,
Não precisam ver tudo isso,
Sentem muito mais do que posso ver,
Meus olhos de águia aqui,
Estrábicos loucos tropeçando em mentiras,
Empregados que não têm emprego,
Longe dos olhos da justiça,
Às margens da injustiça.
Pequenos movimentos de uma cidade,
Quanto insana pode ser nossa palavra?
Vem olhar daqui como as pessoas...
Como as pessoas andam tontas...
São novidades demais para professores.
Agora toca aquele mesmo sino...
Despede-se outra alma do mundo dos vivos,
Aquela guerra que travou sozinho,
Acabou pra ele de novo e mais uma vez...
Ninguém mais cresce e as palavras...
As palavras dele já foram esquecidas...
Vai falando pro espelho toda a mentira...
Tenha coragem para continuar mentindo,
Tu mesmo vai deitar e perceber no fundo do peito,
As tuas mentiras não vão se concretizar,
Serão apenas e sempre...
Mentiras que contas a ti mesmo,
Convencer-te, jamais e sempre...
Sempre vais deitar tranqüilo...
Vais convencer os humanos,
Vai tentar convencer a si mesmo..
Não há ninguém esperando por nós.
Mas tenha sempre uma fé...
Você mesmo nunca vai ser tão forte.
Quando caíres, terá além da sua vergonha,
A velha bengala da fé para estender...
Suas velhas pernas cansadas de sua autoridade.
Um dia vamos perceber...
O subdesenvolvimento não vale a guerra.
Vai ao encontro de ti mesmo e não sai de casa.
Percebe que isso tudo,
Nada vale mesmo a pena.
Abstrato.