sábado, 19 de abril de 2008

De saudade...

De saudade...

Quando o amor dói...
A pele parece desprender-se da carne,
os dias sem cor seguidos de noites claras,
onde a luz intensa das lembranças não lhe deixam em paz,
o sono voa como páginas soltas ao vento,
perdendo palavras pelos caminhos da história.
Doce querida dos meus pensamentos,
estou sozinho a tanto tempo,
não consigo nada mais raciocinar que desejo em caminhar.
Estou caminhando em nuvens de desejo,
onde de você tenho apenas a perfilada aura do desejo.
Estou enfraquecendo pela tua falta,
da energia que sempre me transmite,
dos olhos azuis faiscantes que me cercam sempre...
Aquela minha lembrança fica apenas no passado do verbo,
ainda me vejo em frente ao espelho vendo a casca de um casal,
nada mais do que apenas deixar os ponteiros do relógio brincarem,
fazer de novo comigo toda a ciranda que completa meu viver.
Quando a saudade dói,
ninguém mais é suficientemente capaz de suprir a falta,
sufocar o grito e parar o choro...
Quando a saudade dói...
apenas escrevo.

Abstrato.

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